<b>Medo à morte e ao morrer em idosas institucionalizadas e não-institucionalizadas</b> - DOI: 10.4025/actascihumansoc.v31i2.6936
Resumo
No presente trabalho foi investigada a natureza dos medos relacionados à morte e ao processo de morrer em mulheres idosas, com 60 a 86 anos, identificando convergências e divergências entre dois grupos: 15 idosas institucionalizadas (II) e 15 não-institucionalizadas (INI). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, conduzidas individualmente e/ou em grupo, fenomenologicamente orientadas, gravadas e posteriormente transcritas. A partir da leitura flutuante do material discursivo, identificaram-se modalidades de medos que se ancoram nas conjecturas de Kastembaum e Aisemberg (1983). Em ambos os grupos, destacaram-se modalidades de medo relacionadas ao processo de morrer: em II, indignidade (40%); em INI, sofrimento pessoal (40%). Encontraram-se, também, outras modalidades não descritas pelos autores referidos, dentre elas: (de)negação e ausência de medo (33,34 e 13,33% para II, 20 e 6,66% para INI, respectivamente). O processo de categorização foi insuficiente para abarcar a complexidade de experiências vividas pelas idosas e respectivas verbalizações. Embora possível compreendê-las a partir de modelos teóricos previamente concebidos, uma série de impressões fugidias relatadas pelas mulheres idosas não se deixaram abarcar em nenhuma espécie de índex. Os resultados sugerem que a natureza dos medos relacionados ao processo de morrer está também associada às condições biopsicossociais das idosas estudadas: aquelas do grupo II tendem a temer, mais frequentemente que as do INI, o sentimento de indignidade que acompanha o processo de morrer, por estarem dependentes de outras pessoas. Para aquelas do INI, o medo de morrer tende a ser mais frequentemente relacionado a possíveis sofrimentos físicos que ocorram na hora da morte.Downloads
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