<b>Cyro dos Anjos: a outra face de uma mesma moeda</b> - DOI: 10.4025/actascilangcult.v31i1.296
Resumo
Num momento em que a ficção brasileira reconhecia o romance social como modelo característico da década de 1930, Cyro dos Anjos surgia com o seu O amanuense Belmiro, em 1937. Ecoando como uma voz dissonante aos princípios mais evidentes do romance social – o enfoque documental sobre a vida dos humildes, o engajamento, a denúncia –, Cyro foi apontado como escritor intimista e, por isso, acusado de gratuito, de puramente literário. A partir da década de 1940, entretanto, surgiram alguns críticos, como João Etienne Filho, em 1945, que questionaram o caráter puramente intimista do romance e de seu autor. Influenciados ou não por estes críticos, o certo é que, em 1983, começaram a surgir trabalhos acadêmicos que puseram em relevo uma abordagem social para o romance. Das 17 pesquisas realizadas no meio acadêmico, de 1976 a 2001, seis delas apresentaram O amanuense sob uma perspectiva social. Essa paulatina releitura da obra de estreia de Cyro dos Anjos tem como objetivo mostrar que o escritor não era, absolutamente, alienado aos problemas do seu tempo.Downloads
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