Fantástico e psicanálise: relações históricas e discursivas
Resumo
Esclarece-se os pressupostos de uma proposta de interlocução entre psicanálise e literatura fantástica por meio do mapeamento da rede de trocas que se estabeleceu entre esses dois campos ao longo dos últimos 140 anos. A partir do resgate das definições e cronologias do fantástico, desenha-se um quadro esquemático de suas diferentes fases e vertentes, ao mesmo tempo que se estabelece um paralelo com a história da psicanálise e alguns de seus fundamentos teóricos e éticos. Indica-se como elementos comuns mais relevantes: o tensionamento e a proximidade com o discurso científico e a tradição romântica, a ênfase na sexualidade e na divisão psíquica, a interrogação de uma racionalidade totalizante e a valorização de uma modulação estética da angústia e do fenômeno do estranho. Ao final, questiona-se o estado atual dessa relação, destacando-se algumas contribuições que a literatura fantástica pode oferecer à investigação clínica psicanalítica.
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