O cortiço de Aluísio Azevedo e O retorno de Dulce Maria Cardoso: os espaços dos migrantes

Palavras-chave: literatura; migração; espaço; lugar; centro; periferia.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os romances O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo e O retorno (2012-2019), de Dulce Maria Cardoso, à luz das teorias de espaço, de lugar, e das ideias de centro e periferia, nomeadamente da teoria dos polissistemas de Itamar Even-Zohar (1990), mostrando de que forma ambos os textos constituem representações literárias da forma como os movimentos migratórios estão associados à criação, no espaço urbano, de espaços periféricos de acolhimento. Espaços temporários e dinâmicos que funcionam como plataformas de receção, de aculturação e, simultânea e paradoxalmente, como elos de ligação e fronteiras entre os emigrantes e as comunidades de acolhimento. Faremos, portanto, uma análise temática, comparativa, começando por referirmo-nos aos motivos, às origens e as expectativas dos migrantes de ambas as obras, em seguida caracterizamos os locais de acolhimento e, por fim, abordamos a forma como tanto o ‘cortiço’ como o ‘hotel’ são, nestas obras, espaços que se caracterizam pela fugacidade, pela mobilidade e pela inerente tensão entre centros e periferias.

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Publicado
2021-04-06
Como Citar
Quinteiro, S. M. de J. e, & Elicher, M. J. (2021). O cortiço de Aluísio Azevedo e O retorno de Dulce Maria Cardoso: os espaços dos migrantes. Acta Scientiarum. Language and Culture, 43(1), e56046. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v43i1.56046
Seção
Literatura

 

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