<b>Relendo Hesíodo: o mito das raças em <em>A idade do ferro</em>, de J. M. Coetzee</b> - doi: 10.4025/actascilangcult.v33i1.6467
Resumo
Este estudo analisa a maneira como o escritor sul-africano, J. M. Coetzee, enfoca o mito hesiódico das raças em seu romance, A idade do ferro. Inicialmente, analisa-se a construção do texto de Hesíodo, em que as raças parecem se suceder em uma ordem de progressiva decadência, considerando-se a temporalidade própria de cada uma delas, bem como seu caráter cíclico. Em seguida, analisa-se como a noção de um mundo em que a desordem se instaura progressivamente rumo à injustiça, desgraça e morte foi associada por Coetzee ao contexto da África do Sul em que vigia o apartheid, retratada pelo autor como uma sociedade não só enferma, mas em estado terminal. A análise prossegue, demonstrando como doença, velhice, morte, ignorância do amanhã e angústia do futuro, que caracterizam a Idade do Ferro de Hesíodo, são relidas por Coetzee nesse novo contexto histórico.Downloads
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