A identidade narrativa em Cartas a uma Negra, de Françoise Ega, e Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus
Resumo
Françoise Ega (1920-1977) conheceu Quarto de despejo: diário de uma favelada e a autora desta obra ao ler a revista francesa Paris Match, no caminho para o trabalho. A trajetória de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e sua obra se tornaram elementos de inspiração para que a escritora antilhana desenvolvesse Cartas a uma negra: narrativa antilhana. Nesta, Françoise Ega endereça uma série de cartas para a escritora brasileira, e compartilha com ela suas reflexões, sonhos e problemas. As autoras não se conheceram, contudo, suas existências convergiam em alguns aspectos, a exemplo da identidade. Por isso, este artigo se propõe a analisar como se articulam o tempo e a memória para a construção da identidade narrativa de Françoise Ega e de Carolina Maria de Jesus. O aporte teórico se baseia nos trabalhos de Ricoeur (2010), para quem a identidade é uma categoria de prática, pois prioriza o ‘quem’ da ação. Além disso, os trabalhos de Candau (2021), Certeau (1998), Glissant (2021), entre outros autores.
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