Entre ruínas e abismos: a Memória do Holocausto e a metrópole moderna pelos olhares de Anselm Kiefer e Gonçalo M. Tavares
Resumo
O presente artigo busca analisar, sob uma perspectiva comparatista, o romance Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, do romancista português Gonçalo M. Tavares (2015), e duas pinturas da Série Lilith, do pintor e escultor alemão Anselm Kiefer, executadas durante os anos 1980 a 1990. Partimos da hipótese de que tanto Kiefer quanto Tavares concebem o espaço físico em suas obras como alegorias da modernidade, mobilizando elementos que representam esteticamente o Zeitgeist ocidental do pós-guerra, tecendo comentários sobre o Holocausto e suas consequências socioculturais. Para isso, utilizaremos uma metodologia que privilegia instrumentos próprios da literatura comparada em atravessamento constante com a história e a filosofia. Nossa argumentação se constrói, então, baseada nos conceitos de modernidade (Benjamin, 2021) e pós-modernidade (Hutcheon, 1991), de modo a tecer relações entre a forma e o conteúdo das obras selecionadas para este estudo.
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