EVOLUÇÃO DA COQUELUCHE NO PARANÁ: A FALTA DE COBERTURA VACINAL COMO FATOR DE RISCO PARA CRIANÇAS
Resumo
A coqueluche é uma infecção bacteriana causada pela Bordetella pertussis, a qual inicialmente se assemelha a um resfriado comum, mas evolui para uma tosse severa, sendo especialmente perigosa para recém-nascidos. A vacina pentavalente, administrada em três doses durante o primeiro ano de vida, é crucial na prevenção da doença. No entanto, mesmo após 50 anos de vacinação, casos de coqueluche continuam a ser registrados no Brasil, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal. Em 2024, até o mês de agosto, foram notificados 102 casos de coqueluche, incluindo o óbito de um bebê de seis meses que não estava com a vacinação em dia, registrando um aumento de mais de 500% no número de casos, ressaltando a importância da adesão à vacinação. Objetiva-se, através deste resumo, demonstrar a prevalência da coqueluche no Paraná, explorar sua relação com a baixa adesão à vacinação no Brasil e analisar as consequências dessa doença em crianças na última década (2012-2022), além da comparação desses dados aos novos boletins de 2023 e 2024 fornecidos pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/PR). A redução nas taxas de incidência de coqueluche em crianças menores de 1 ano no Paraná entre 2014 e 2022 sugere uma relação direta entre a adesão à vacinação e a diminuição das infecções. Em contraponto, o aumento crescente dos casos em 2023 e 2024, indicam um risco de saúde pública. Destarte, há demanda de melhorias no acesso às vacinas, estratégias eficazes de conscientização e resposta a surtos, pois, para além de avanços tecnológicos, é essencial garantir que os serviços de saúde cheguem à população.
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Referências
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