POLO NAVAL E PRODUÇÃO HABITACIONAL EM RIO GRANDE, RS - BRASIL
Abstract
A cidade do Rio Grande sempre se caracterizou por uma industrialização pregressa, já que dispõe de um parque industrial importante desde o século XIX, e ao mesmo tempo pela instabilidade do seu parque industrial em termos de resultados sociais e espaciais para a cidade. Tal inconstância em sua economia fabril trouxe alguns resultados desastrosos para a cidade, sob as transformações ocorridas na economia nacional e aliadas à incapacidade do empresariado citadino de se adaptar às novas regras da economia brasileira e internacional. Esse ciclo de desenvolvimento e estagnação sempre trouxe consigo o acréscimo populacional e, consequentemente, resultantes espaciais, já que essa população necessitava, além de moradia, satisfazer as suas necessidades básicas na cidade. O último enclave industrial portuário teve início em 2005 com a implantação do Polo Naval Gaúcho, onde Rio Grande foi beneficiado devido as suas características geográficas. Estas são expressas pelo seu amplo espaço retroportuário assim como um calado compatível com a atividade naval, o que permitiu a instalação de grandes estaleiros no município. O presente artigo apresenta um recorte das resultantes espaciais após a implantação do Polo Naval Gaúcho na cidade do Rio Grande, como cidade protagonista dessa atividade industrial. Abordamos os reflexos da política habitacional ascendente/descendente na cidade, os entraves de uma política de habitação social e os conflitos gerados pela aceleração desse processo no auge do Polo Naval Gaúcho.
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