MENSURAÇÃO DA EFICIÊNCIA GERENCIAL DE PARQUES TECNOLÓGICOS BRASILEIROS E SEUS FATORES INFLUENCIADORES
Resumo
O objetivo deste artigo é identificar a eficiência gerencial de parques tecnológicos brasileiros e verificar os fatores que a influenciam. Este estudo de natureza quantitativa-descritiva utilizou dados secundários para mensurar a eficiência gerencial de parques tecnológicos brasileiros. Por meio de pesquisa documental, foram criados indicadores que compõe os inputs e outputs da eficiência gerencial de 34 parques tecnológicos brasileiros. Outras variáveis que compõe o modelo testado, foram obtidas em sites do Ministério de Ciência e Tecnologia e órgãos de apoio ao governo federal brasileiro. Os parques tecnológicos brasileiros, apresentam equivalência na eficiência gerencial com eficiência ao nível 1 para metade dos parques analisados. Tal constatação indica que existe certa convergência em termos de sua capacidade de gerar projetos, ter entidades localizadas em sua estrutura física e de atuarem em parcerias e incubarem empresas. Os resultados indicam que as regiões mais significativas foram as regiões Sul, Norte e Nordeste. Encontrou-se evidências de efeito positivo do número de startups e investimentos do governo na área de ciência e tecnologia na eficiência gerencial dos parques tecnológicos. Conclui-se que o governo brasileiro continue a criar estratégias para manter os investimentos em parques tecnológicos das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, considerando o índice de eficiência gerado pelos parques vinculados a estas regiões, sobretudo que crie iniciativas para apoiar a criação de startups e mais investimentos em ciência e tecnologia. Assim, as políticas públicas empregadas pelo governo brasileiro refletem a eficiência dos parques tecnológicos para a região de atuação.
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