O significado do uso de telas entre adolescentes: causas e consequências

Palavras-chave: Adolescente, Tempo de Tela, Motivação, Ciências da Saúde

Resumo

Objetivo: compreender o significado do uso de telas atribuído pelos adolescentes. Métodos: o presente estudo foi descritivo exploratório, com abordagem qualitativa e referencial teórico-metodológico do interacionismo simbólico. Participaram adolescentes de uma escola pública mineira. Os dados foram coletados através de entrevistas e grupos focais realizados de forma online e analisados conforme a análise temática no período deagosto a dezembro de 2020. Resultados: participaram oito adolescentescom idades entre 14 e 17 anos, que cursavam o ensino médioe relataram que a tela mais usada foi o celular. Os significados atribuídos ao uso de telas estiveram relacionados à possibilidade de interação e praticidade por possibilitar a realização de várias atividades. Houve o reconhecimento que, diante do uso excessivo, é preciso ter momento distante da tela. Após a análise foram desveladas três categorias: 1. Tela é diversidade 2. Tela é interação, 3. É bom parar um pouco. Considerações finais: a pesquisa mostrou que distanciar-se das telas é difícil e que a presença de profissionais da saúde, particularmente relacionados à saúde do adolescente, pode ajudá-los a encontrar alternativas para usar as telas com redução das consequências negativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dirlene Rozária Pereira, Universidade Federal de São João del Rei

Assistente Social. Residencia. Instituição. UFSJ, Estudante. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.

Marco Túlio Resende Clementino, Universidade Estadual de Minas Gerais

Assistente Social. Mestre. Professor do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.

Edilene Aparecida Araújo da Silveira, Universidade Federal de São João del Rei

Enfermeira. Doutor em Enfermagem. Professora do Campus Centro Oeste da UFSJ. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.

Welker Marcelo Moura, Universidade Federal de São João del Rei

Psicólogo. Mestrando em Psicologia. Instituição. UFSJ. São João Del Rei. Minas Gerais, Brasil. 

Referências

Brasil. Secretaria Nacional dos Direitos da criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 1990.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.

Comitê Gestor da Internet no Brasil. Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. Pesquisa sobre o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil: TIC Kids online Brasil 2020. https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20211125083634/tic_kids_online_2020_livro_eletronico.pdf

Spritzer DT, Fortim I, Vasconcelos F, Carvalho E. Atualizando o debate sobre “tempo de tela”: ainda faz sentido tanta preocupação? In: Comitê Gestor da Internet no Brasil. Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. Pesquisa sobre o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil: TIC Kids online Brasil 2020. [citado em 29 mar 2021]. Disponível em: https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20211125083634/tic_kids_online_2020_livro_eletronico.pdf

SBP. Sociedade Brasileira de pediatria (SBP). Manual de Orientação: #menos telas#mais saúde. Rio de Janeiro: SBP, 2019 [citado em 29 mar 2021]. Disponível em URL: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf

Queiroz LB, Lourenço B, Silva LEV, Lourenço DMR, Silva CA. Dor musculoesquelética e síndromes musculoesqueléticas em adolescentes relacionadas à dispositivos eletrônicos. J. Pediatr (Rio J). 2018; 94 (6): 673-679. DOI:/10.1016/j.jped.2017.09.006

Vernon L, Modecki KL, Barber BL. Mobile Phones in the Bedroom: Trajectories of Sleep Habits and Subsequent Adolescent Psychosocial Development. Child Dev. 2018; 89(1): 66-77. DOI:10.1111/cdev.12836

Carvalho VD, Borges LO, Rego DP. Interacionismo simbólico: origens, pressupostos e contribuições aos estudos em psicologia social. Psicol. cienc. prof.2010; 30 (1):146-161. DOI:10.1590/S1414-98932010000100011

Oliveira, DC. Theme/category-based content analysis: a proposal for systematization. Rev. enferm. UERJ. 2008 out/dez; 16(4):569-76. http://files.bvs.br/upload/S/0104-3552/2008/v16n4/a569-576.pdf.

Orben, A. Teenagers, screens and social media: a narrative review of reviews and key studies. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol.2020; 55:407–414. DOI: 10.1007/s00127-019-01825-4

Oswald TK, Rumbold AR, Kedzior SGE, Moore VM. Psychological impacts of “screen time” and “green time” for children and adolescents: A systematic scoping review.PLoSOne. 2020 Sep; 15 (9): e0237725. DOI:10.1371/journal.pone.0237725

Sales SS, Costa TM, Gai MJP. Adolescents in the Digital Age: Impacts on Mental Health Research, Society and Development. 2021; 10 (9): e15110917800. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.17800

Deslandes SF, Coutinho T. The intensive use of the internet by children and adolescents in the context of COVID-19 and the risks for self-inflicted violence. Ciênc.Saúde Colet. 2020; 25: 2479-2486. DOI: 10.1590/1413-81232020256.1.11472020

Kim S, Favotto L, Halladay J, Wang L, Boyle MH, Georgiades K. Differential associations between passive and active forms of screen time and adolescent mood and anxiety disorders. SocPsychiatryPsychiatrEpidemiol. 2020; 55: 1469–1478. DOI: 10.1007/s00127-020-01833-9

Gomes ACC, Pedrosa Filho RB, Teixeira LC. Neither see, nor look: viewwing! Onadolescents’exhibitionon social media. Agora: Estudos em teoria psicanalítica. 2021; 24 (1): 91-99. DOI: 10.1590/1809-44142021001011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica [recurso eletrônico] 2017. 234 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf.

Pimenta T, Oliveira FAF. A influência da tecnologia nas relações familiares. Rev.Uningá 2018; 55 (4): 138-147.DOI: http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/2411

Patraquim C, Ferreira S, Martins H, Mourão H, Gomes P, Martins S. As crianças e a exposição aos media. Nascer e Crescer. 2018; 27(1): 11-21. DOI: 10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9430.

Costa TRL, Marcheti MA, Teston EF, Solon S, Marques FB, Knoch M, et al. Educação em saúde e adolescência: desafios para Estratégia saúde da família. Cienc.Cuid. Saúde 2020; 19: e55723. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v19i0.55723.

Utzumi FC, Lacerda MR, Bernardino E, Gomes IM, Aued GK, Sousa SM.Continuidade do cuidado e o interacionismo simbólico: umentendimento possível. Texto Contexto Enferm. 2018; 27(2):e4250016. DOI: 10.1590/0104-070720180004250016

Publicado
2022-03-30
Como Citar
Rozária Pereira, D., Túlio Resende Clementino, M., Aparecida Araújo da Silveira, E., & Marcelo Moura, W. (2022). O significado do uso de telas entre adolescentes: causas e consequências. Ciência, Cuidado E Saúde, 21. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v21i0.58427
Seção
Artigos originais