<b>A reforma do estado e da educação na década de 1990: reflexões e repercussões na saúde do professor de ensino fundamental</b> - DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v7i3.6520

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir a saúde do professor da rede pública de ensino fundamental do município de Maringá no contexto da reforma educacional ocorrida a partir da década de 1990. Articulada com a política de ajuste econômico, a reforma impõe novas exigências ao trabalho do professor, que, em circunstâncias nem sempre favoráveis, tenta responder às novas metas educacionais comprometendo muitas vezes a sua própria saúde. Sendo assim, este estudo buscou analisar as novas metas estabelecidas pela reforma educacional, presentes na gestão e organização do trabalho escolar, bem como seus reflexos na saúde do professor. A análise foi realizada através de pesquisa bibliográfica e documental, pautando-se na concepção materialista da história, na qual a saúde do professor é percebida a partir das contradições existentes no modo de produção capitalista. Com base no estudo realizado, concluiu-se que o novo modelo de gestão implementado pela reforma educacional trouxe exigências que resultaram em impactos nocivos à saúde dos professores. No caso específico dos professores da rede pública de ensino fundamental, o estudo revelou que a saúde não consta como elemento valorizado, devendo ser tratada como uma questão particular, de responsabilidade exclusiva do professor. Concluiu-se que a qualidade de vida e a preocupação com o ambiente saudável no trabalho devem estar presentes no conjunto de iniciativas gestadas pela política educacional, fazendo valer a relevância atribuída à valorização do docente.