O itinerário terapêutico da criança com doença falciforme
Resumo
Objetivo: conhecer o itinerário terapêutico da criança com doença falciforme acompanhada em um ambulatório de hematologia de um hospital público infantil. Método: pesquisa qualitativa realizada em um ambulatório de hematologia pediátrica de um hospital público do estado do Espírito Santo. A coleta dos dados ocorreu no período de janeiro a junho de 2019 por meio da entrevista semiestruturada com 10 familiares da criança com doença falciforme. Os dados foram submetidos à Análise Temática. Resultados: o itinerário terapêutico se inicia a partir da descoberta da doença e encaminhamento aos serviços de saúde especializados. Os participantes relataram o conhecimento sobre a crise e quais os locais de atendimento que levam a criança para ser atendida. Além disso, houve relato quanto à frequência de consultas e o acesso ao serviço, demostrando não terem dificuldade com ele e estarem satisfeitos com o atendimento prestado. Considerações finais:o estudo revelou um itinerário terapêutico no qual a criança perpassa por serviços de saúde gerais no momento do diagnóstico e é encaminhada para o serviço especializado, na rede de atenção à saúde secundária, para seguimento do seu tratamento e prevenção das complicações. Além disso, os serviços de saúde são eficazes, porém centralizados.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Doença falciforme: Diretrizes básicas da linha de cuidado. Brasília: Ministério da Saúde [on-line]. 2015 [citado em 05 out 2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_diretrizes_basicas_linha_cuidado.pdf.
Borges AR, Gabatz RIB, Milbrath VM, Schwartz E, Vaz JC. Caracterização de crianças e adolescentes com anemia falciforme e os serviços de saúde que utilizam. Cienc Cuid Saude. 2018; 17(3):e43564. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v17i3.4356
Sabino MF, Gradella DBT. Perfil epidemiológico de pacientes internados por doença falciforme no estado do Espírito Santo, Brasil (2001-2010). Rev. Bras. Pesq. Saúde [on-line]. 2016 abr/jun [citado em 05 out 2019] 18(2): 35-41. Disponível em: http://www.publicacoes.ufes.br/RBPS/article/viewFile/15082/10684
Cabral ALLV, Martinez-Hemáez A, Andrade EIG, Cherchiglia ML. Itinerários terapêuticos: o estado da arte da produção científica no Brasil. Ciênc. saúde coletiva. 2011; 16(11):4433-4442. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011001200016
Martins LA, Silva TCC, Santos HAS, Aguiar ACSA, Whitaker COM, Camargo CL. Itinerário terapêutico de crianças quilombolas com doença falciforme. Cienc Cuid Saude. 2019; 18(2) e45177]. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v18i2.45177
Vilela R, Caldas L, Correia B, Almeida A, Silva MA, Santos SJ. A integralidade do cuidado em saúde na doença falciforme: uso de itinerário terapêutico no apoio à pesquisa qualitativa avaliativa. Atas CIAIQ [on-line]. 2019 [citado em 13 out 2019]; 2. Disponível em: https://proceedings.ciaiq.org/index.php/CIAIQ2019/article/view/2146.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec: 2014.
Fontanella BJB, Luchesi BM, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad. Saúde Pública. 2011; 27(2): 388-394. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200020.
Nascimento LCN, Souza TV, Oliveira ICS, Moraes JRMM, Aguiar RCB, Silva LF. Saturação teórica em pesquisa qualitativa: relato de experiência na entrevista com escolares. Rev. Bras. Enferm. 2018; 71(1):228-233. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0616.
Bruzaguini MV, Viana MC. Doença falciforme e o teste do pezinho: implicações para a saúde pública. Rev. Bras. Pesq. Saúde. 2018; 20(3):4-6. DOI: https://doi.org/10.21722/rbps.v20i3.24494
Azar S, Wong TE. Sickle Cell Disease. Medical Clinics of North America. 2017; 101(2): 375–393. DOI:10.1016/j.mcna.2016.09.009
Petto J, Sacramento MS, Silva VC, Mata CS, Cordeiro ALL, Santos ACN. Conhecimento dos pacientes com doença falciforme acerca do tratamento fisioterapêutico. Rev Pesq Fisio. 2018;8(4):505-510. DOI: 10.17267/2238-2704rpf.v8i4.2145.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.018/GM, de 1º de julho de 2005. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Atenção Integral as Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias. Diário Oficial da União de 04/07/2005 [on-line]. [citado em 11 out 2019]; Seção 1, (126). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2005/prt1018_01_07_2005.html
Moraes LX, Bushatsky M, Barros MBSC, Barros BR, Bezerra MGA. Sickle cell disease: perspectives on the assistance provided in primary attention. J. res.: fundam. Care online. 2017; 9(3):768-775. DOI: 10.9789/2175-5361.2017.v9i3.768-775.
Gomes LMX, Pereira IA, Torres HC, Caldeira AP, Viana MB. Access and care of individuals with sickle cell anemia in a primary care servisse. Act Paul Enferm. 2014; 27(4):348-355. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400058
Silva GS, Mota CS, Trad LAB. Racismo, eugenia e doença falciforme: o caso de um programa de triagem populacional. Reciis – Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde. 2020;14(2):355-71. DOI: rg/10.29397/reciis.v14i2.1881
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), manual de diagnóstico e tratamento de doenças falciformes. Brasília: ANVISA [on-line]. 2002 [citado em 13 out 2019]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/anvisa/diagnostico.pdf
Souza JM, Rosa PEL, Souza RL, Castro GFP. Fisiopatologia da anemia falciforme. Revista transformar [on-line]. 2016 [citado em 13 out 2019]; 8(8): 162-178. Disponível em: http://www.fsj.edu.br/transformar/index.php/transformar/article/view/60.
Brasil. Ministerio da Saúde. Doença Falciforme: Enfermagem nas urgências e emergências – A arte de cuidar. Brasília: Ministério da Saúde[on-line]. 2014 [citado em 12 out 2019]. Disponível em: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/2016/12/Enfermagem-nas-Urgencias-e-Emergencias-A-arte-de-cuidar.pdf
Moraes LX, Bushatsky M, Barros MBSC, Barros B, Bezerra MGA. Doença falciforme: perspectivas sobre assistência prestada na atenção primária. J. res.: fundam. care. online. 2017; 9(3): 768-775. DOI: 10.9789/2175-5361.2017.v9i3.768-775.
Gesteira EC, Bousso RS, Rodarte AC. Uma reflexão sobre o homem familiar da criança com a doença falciforme. R Enfermagem Cent O Min. 2016; 6(3):2454-2462. DOI: http://dx.doi.org/10.19175/recom.v6i3.758
Copyright (c) 2020 Ciência, Cuidado e Saúde

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.