Alterações musculoesqueléticas em profissionais de enfermagem de hospitais universitários no contexto da COVID-19: estudo multicêntrico
Resumo
Objetivo: identificar alterações musculoesqueléticas desenvolvidas durante a pandemia de COVID-19 por profissionais de enfermagem de hospitais universitários. Método: estudo quantitativo, descritivo e multicêntrico, realizado entre outubro de 2022 e agosto de 2023, com 461 profissionais (enfermeiros, técnicos e auxiliares) atuantes em três hospitais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no Rio Grande do Sul. Coleta com formulário estruturado, análise no Stata 13.1, com estatística descritiva e testes de associação (qui-quadrado ou exato de Fisher, p<0,05). Resultados: identificou-se 15,2% (n=70) de alterações musculoesqueléticas. A maior proporção ocorreu entre profissionais do sexo masculino (22,2%), de nível médio (16,5%), atuantes em unidades clínicas (17,5%) e com tempo de serviço entre 5 e 10 anos (18,5%). Observou-se maior ocorrência entre aqueles com outro vínculo empregatício (19,3%), carga horária até 36 horas semanais (15,7%) e descanso inadequado (18,2%). Verificou-se associação significativa entre doenças crônicas e alterações musculoesqueléticas (23,3%; p=0,00). Conclusão: o estudo evidenciou que as alterações musculoesqueléticas entre trabalhadores da enfermagem estiveram associadas a fatores ocupacionais e clínicos.
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