Mobilidade humana internacional, transcontinental e intra-regional: biopoder, estratégias e representações de migrantes (séculos XIX-XXI)
Resumo
O presente dossiê surge como uma iniciativa de seus coordenadores – Lai Sai Acón Chan e Ronald Soto-Quirós – interessados nas migrações internacionais, e que colaboram conjuntamente em um projeto de recuperação da memória histórica das migrações chinesas na Costa Rica (PREMEHCHI), cuja sede se situa na Universidade da Costa Rica (Costa Rica)[1]: uma equipe internacional pluridisciplinar que reune investigadores da Universidade da Costa Rica, da UNED (Costa Rica), da equipe multidisciplinar sobre América Latina e Península Ibérica (AMERIBER) da Université Bordeaux Montaigne (França), e da University of Minnesota Morris (EUA).
Este dossiê é o primeiro esforço da revista Diálogos, do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por reunir artigos que deverão estar em inglês, e opcionalmente em outra língua, aí incluindo até mesmo o português, com o fim de internacionalizar e facilitar a difusão do conhecimento. Neste caso particular, o dossiê se enfoca no fenômeno das migrações internacionais – ou mobilidades humanas internacionais – tratado sob o olhar de especialistas de disciplinas muito diversas (história, sociologia, ciências políticas, estudos culturais, cinema, etc.) e de horizontes acadêmicos muito variados (Costa Rica, Honduras, Estados Unidos, França e Espanha).
Nesse sentido, nosso dossiê se divide em quatro eixos principais. O primeiro eixo se interessa nos casos históricos das mobilidades humanas consideradas como diásporas internacionais transcontinentais, sua relação com dispositivos de biopoder, as diferentes estratégias dos indivíduos nos países de recepção e as representações que se geram entorno dos indivíduos ou populações migrantes. Uma segunda parte analisa as mobilidades humanas e sua incidência e relação na criação de narrativas identitárias, nacionais e homogeneizadoras, e as eventuais ferramentas biopolíticas institucionais de controle que se geram. Uma terceira seção do dossiê aborda mais especificamente o tema da mobilidade humana intraregional continental com interpretação histórica, mas enfatizando em casos muito contemporâneos – assim se voltam a analisar os discursos enunciados, os mecanismos de biopoder e as subjetividades implicadas. Finalmente, um último eixo de trabalho se enfoca nas representações nas artes visuais (cinema e televisão) de diferentes tipos de mobilidade humana e em espaços geográficos e cronológicos muito diversos.
[1] Sobre este proyecto PREMEHCHI, podemos dirigirnos a: http://premehchi.ucr.ac.cr/
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Referências
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Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista DIÁLOGOS, editada pela Universidade Estadual de Maringá, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Universidade Estadual de Maringá e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (N. 9609, de 19/02/98).
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