Beleza e modernidade: a dismorfia como face da colonização

Palavras-chave: estética, beleza, sensibilidade, dismorfia, feiúra, modernidade

Resumo

Na última etapa de seu pensamento, o filósofo, professor e amigo Enrique Dussel redescobriu —ao menos formalmente— a estética; isto porque não só Dussel já havia desenvolvido e publicado algumas de suas reflexões sobre a estética, mas porque ao longo de sua obra sempre delineou diferentes ideias correspondentes ao seu pensamento estético, não só porque a natureza da filosofia é pluriversal e complexa, em termos da relação necessária de suas múltiplas instâncias, mas porque o pensamento humanista do Mestre, além de visionário, apontava para a complexidade conceitual e vital, que não pode ser decomposta em categorias isoladas, de modo que em sua ética, sua política, seu erotismo e sua pedagogia, encontramos categorias germinativas intrínsecas sobre a estética da libertação - isso sem mencionar sua Filosofia da Produção (1984) que por si só já marca um panorama sensível, que se reconhece no filósofo da libertação. Além de destacar a importância da estética como parte fundamental de seu sistema filosófico, uma das ideias que ele insistiu nesses últimos desenvolvimentos e conversas em encontros foi a de necessariamente reconfigurar uma ideia que tomamos por certa há muito tempo, como se fosse uma questão de partir dela sem questioná-la; esta é a categoria do belo, que vem sendo observada desde o surgimento de suas reflexões e da qual, pode-se dizer, nenhuma estética com pretensão crítica e libertadora valeria a pena, se partirmos da categoria do belo que nos é imposta pela modernidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alan Quezada Figueroa, Asociación de Filosofía y Liberación-México

Doctor en Filosofía Universidad de Guanajuato Miembro de la Asociación Mexicana de Estudios en Estética y de la Asociación de Filosofía y Liberación. Docente en la Escuela Nacional de Danza Folklórica del INBA.

Referências

CAVARERO, Adriana. Horrorismo. Nombrando la violencia contemporánea. Barecelona: UAM-Anthropos, 2009.

D’ANGELO, Paolo; VELOTTI, Stefano. El “no sé qué”. Historia de una idea estética. Madrid: Casimiro, 2010.

DUSSEL, Enrique. Filosofía de la producción. Bogotá: Nueva América, 1984

___. Filosofía de la liberación. México: FCE, 2011.

___. Filosofías del Sur. Descolonización y transmodernidad. México: Akal, 2015.

___. Siete ensayos de filosofía de la liberación. Hacia una fundamentación del giro decolonial. Madrid: Trotta, 2020.

FANON, Franz. Piel negra, máscaras blancas. Madrid: Akal, 2016.

GALEANO, Eduardo. Las venas abiertas de América Latina. México: Siglo XXI, 2004.

HERRA, Rafael Ángel. Lo monstruoso y lo bello. San José: CR, 2015.

QUEZADA, Alan. Consideraciones estéticas: horizontes multidisciplinarios de la sensibilidad. Alemania: Editorial Académica Española, 2016.

RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch´ixinakax utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón, 2020.

SUBIRATS, Eduardo. El reino de la belleza. Madrid: FCE, 2003.

WRIGHT, Erik Olin. Cómo ser anticapitalista. Madrid: Akal, 2020.

ZAMORA ÁGUILA, Fernando. Filosofía de la imagen. México: ENAP-Espiral, 2006.

Publicado
2025-03-04
Como Citar
Quezada Figueroa, A. (2025). Beleza e modernidade: a dismorfia como face da colonização. Dialogos, 29(1), 67-79. https://doi.org/10.4025/dialogos.v29i1.74690