“Un asco incesante venía todos los días para aumentar mis sufrimientos”: las disputas entre un médico ofendido y el presidente de la provincia de Pernambuco (1856).

Palabras clave: Cólera morbo; Pernambuco Imperial; medicina higienista; curanderismo.

Resumen

El artículo tiene como objetivo presentar los conflictos que involucraron al doctor Joaquim de Aquino Fonseca y José Bento da Cunha Figueiredo, presidente de la provincia de Pernambuco. En una grave epidemia de cólera en 1856, las utoridades objetaron que la Comisión de Higiene Pública pidiera renuncia colectiva. El artículo se basa en un manuscrito de cincuenta y dos páginas, aparentemente aún no explorado por la historiografía, en el que Aquino Fonseca, hablando con el ministro de Negocios del Imperio, Luiz Pedreira do Couto Ferraz, hizo veinticuatro acusaciones al jefe de el ejecutivo provincial, dando a entender que Figueiredo actuó contra las órdenes sanitarias imperiales, socavando la salud pública, la autoridad de los médicos y favoreciendo la acción de los charlatanes durante la crisis epidémica. A través del artículo, es posible percibir las tensiones derivadas de los proyectos higienistas en lo siglo XIX.

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Citas

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Publicado
2021-11-21
Cómo citar
Ferreira Alexandre, J., & Fontes Cadena, P. H. (2021). “Un asco incesante venía todos los días para aumentar mis sufrimientos”: las disputas entre un médico ofendido y el presidente de la provincia de Pernambuco (1856). Dialogos, 25(2), 104-127. https://doi.org/10.4025/dialogos.v25i2.58987