O fascismo na América latina: a perspectiva italiana (1922-1943)

  • Franco Savarino ESCUELA NACIONAL DE ANTROPOLOGIA E HISTORIA

Abstract

Para abordar o fenômeno fascista na América Latina é imprescindível pesquisar sobre suas relações com o modelo original italiano e o impacto da política italiana na região. O primeiro objetivo é pôr em evidência as muitas ambiguidades, incertezas e leituras erradas que aconteceram em ambos os sentidos durante aquela época, principalmente do lado italiano. Assim, desenha-se um mapa de encontros e (especialmente) desencontros que matizam a influência e “difusão” do fascismo de origem italiana na América Latina abarcando, entre outros aspectos, alguns elementos culturais e ideológicos. Por tanto, detectam-se os limites de expressão e propagação de um fascismo verdadeiro em relação a outros fenômenos “nativos” da América Latina, tais como as ditaduras e alguns movimentos nacionalistas, definindo um âmbito mais preciso para a utilização da categoria “fascismo” na região. Aliás, é importante destacar a geopolítica da Itália na América Latina – tema praticamente desconhecido nas pesquisas – e salienta-la em relação com a atividade de outros países interessados na região. A geopolítica italiana é a de uma potência média que tem seus principais interesses em outras áreas, mas considera a América Latina como uma esfera importante para pôr em marcha alguns projetos como colonização, comércio, abastecimento de recursos estratégicos e para obter o apoio solidário latino com a política de expansão imperial dos anos trinta.

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Pubblicato
2017-03-17
Come citare
Savarino, F. (2017). O fascismo na América latina: a perspectiva italiana (1922-1943). Dialogos, 14(1), 39-81. Recuperato da https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/36269
Sezione
Mesa Redonda