INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DE PROPRIEDADE E DA GESTÃO FAMILIAR NO GERENCIAMENTO DE RESULTADOS
Resumo
O estudo objetivou verificar a influência da estrutura de propriedade e da gestão familiar no gerenciamento de resultados de companhias abertas listadas na BM&FBovespa. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa, com dados de 2010 a 2014. Para identificação e análise da estrutura de propriedade utilizou-se a metodologia de La Porta et al. (1999), que rastreou a cadeia de propriedade até identificar o último acionista controlador. Para identificação e análise da gestão familiar adotou-se a metodologia de Prencipe et al. (2011), que investigaram a participação das famílias na diretoria executiva e no conselho de administração. O gerenciamento de resultados foi analisado por meio dos accruals discricionários baseados no modelo Jones Modificado (Dechow et al., 1995). Constatou-se que em todos os anos o percentual de empresas com estrutura de propriedade familiar foi superior ao percentual de empresas com estrutura não familiar. O número de companhias que possuíam gestão familiar também era significativo, principalmente quando comparado com o resultado encontrado em pesquisas anteriores. Quanto ao gerenciamento, identificaram-se indicadores de baixas proporções na maioria dos anos. Por fim, a investigação sinalizou três fatores principais que influenciaram o menor gerenciamento de resultados: a estrutura de propriedade familiar; a combinação entre estrutura de propriedade familiar e o diretor presidente familiar; e, a combinação entre a estrutura de propriedade familiar e o presidente do conselho de administração familiar. Estes resultados fornecem evidências adicionais para a literatura existente sobre os fatores que influenciam no gerenciamento de resultados, especificamente a partir da abordagem de companhias familiares e não familiares.
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