A escravidão atlântica: uma nova leitura
Resumo
Este artigo levanta questões relativas ao tráfico negreiro em função da escravidão racial da era moderna. Ao percorrer os caminhos das rotas do Atlântico alguns historiadores contemporâneos perceberam o silêncio em torno da escravidão racial em solo africano. Obviamente, a própria dinâmica do tráfico negreiro seria inviável sem a participação de povos africanos na empresa escravista. Buscando recuperar alguns elementos importantes na história da escravidão, uma nova tendência da historiografia ocidental possibilita, na atualidade, recuperar a condição de humanidade do escravo, revertendo o conceito cristalizado do senso comum que entendia a condição do africano escravizado como simples instrumento a serviço do regime escravocrata. A partir da análise do tráfico negreiro e dos processos reificadores da mercadoria humana originados no bojo do modo de produção escravista, alguns historiadores perceberam que entre a insubordinação e a submissão pacífica havia o escravo que negociava da melhor forma o seu modo de vida, tornando possível a sua condição de ator de sua própria história.
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