Liberdade, propriedade, Estado e governo: elementos da teoria política de John Locke no 'Segundo Tratado sobre o Governo'

  • Raquel Kritsch Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Locke, teoria política clássica, história do pensamento político, teoria do Estado.

Resumo

O objetivo deste artigo é introduzir os alunos no pensamento político de John Locke, a partir da teoria política por ele desenvolvida no Segundo Tratado sobre o Governo, obra que marcaria fortemente o pensamento constitucional produzido na era moderna ao longo das lutas contra os absolutismos em território europeu. Partindo de noções básicas do pensamento lockiano, entre as quais destacam-se as de lei e direito natural, estado de natureza e estado de guerra, mostra-se a fundamentação oferecida pelo autor à idéia de propriedade como um direito natural (à vida, à liberdade e aos bens) fundado no trabalho livre. A invenção da moeda pelos seres humanos teria sido, segundo o autor, o passo decisivo para a introdução da desigualdade econômica entre os homens, e exigiu a criação de um poder artificial capaz de manter a todos em paz e segurança. Diferente de Hobbes, no entanto, para Locke, o povo é sempre soberano e só transfere alguns de seus direitos de natureza em confiança ao poder legislativo, o poder supremo entre os poderes do Estado, embora ao executivo caiba o exercício da prerrogativa. Por fim, discute-se a distinção entre dissolução do governo e dissolução da comunidade política, uma diferenciação que chegaria até nos e faria escola no pensamento político.

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Biografia do Autor

Raquel Kritsch, Universidade Estadual de Londrina
Publicado
2010-12-03
Como Citar
Kritsch, R. (2010). Liberdade, propriedade, Estado e governo: elementos da teoria política de John Locke no ’Segundo Tratado sobre o Governo’. Revista Espaço Acadêmico, 10(115), 73-85. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/11871
Seção
Clássicos da Política - Textos Didáticos-Pedagógicos