Hitler na crônica militante de Jorge Amado

  • Márcio Henrique Muraca Universidade Federal de Uberlândia
Palavras-chave: Segunda Guerra, Panfleto Político, Jornal, Comunismo

Resumo

Militante comunista até meados da década de 1950, Jorge Amado configura sua obra com sopros panfletários. Escritor prolífero, seus escritos vão além dos romances, sendo o baiano um assíduo colaborador em jornais de seu tempo. Entre 1942 e 1945, Amado escreveu a colona “Hora da Guerra”, no jornal O Imparcial, de Salvador. Umas das figuras mais citadas e tratadas pelo autor é Adolf Hitler, sobretudo como metonímia do mal. A figuração demoníaca do líder alemão está articulada, no plano internacional, ao movimento comunista encabeçado por Moscou e, no plano nacional, ao engajamento esquerdista antifascista que enxerga no período da Guerra a oportunidade de virada democrática no Brasil. Em termos literários, a crônica de Amado estabelece uma dicção modernista da linguagem, enquanto ideologicamente pretende convencer pela emoção, ao associar Hitler a uma tríade: ódio-vingança-repúdio, tudo em oposição a uma identidade nacional baseada na miscigenação.

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Biografia do Autor

Márcio Henrique Muraca, Universidade Federal de Uberlândia
Bolsista CAPES. Doutorando em Letras na Universidade de São Paulo (USP), tendo como orientadora a Profa. Dra. Berta Waldman, do Departamento de Letras Orientais, Estudos Judaicos, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Uberlândia - MG (UFU).
Publicado
2013-08-01
Como Citar
Muraca, M. H. (2013). Hitler na crônica militante de Jorge Amado. Revista Espaço Acadêmico, 13(148), 67-76. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/20266