Cuzco: a dessacralização da cidade imperial dos incas no romance de José María Arguedas
Resumo
Esse texto tem seu embasamento nas leituras e pesquisas que tiveram início em Cursos de Mestrado e Doutorado, culminando nas pesquisas hoje em um Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar. Desde então, as leituras sobre a construção de uma América Latina mestiça e extremamente rica, mesmo empobrecida por diversos fatores de exploração que tiveram início com a chegada dos europeus ao continente, continuam a fazer parte dos estudos, projetos, aulas que estão sendo desenvolvidos. Os Rios profundos, o romance de José Maria Arguedas (1911-1969) que teve a primeira edição em 1958, começa nos apresentando Cuzco, a capital do império incaico, cidade considerada sagrada pelos indígenas. Sua fundação, em que se confundem a história concreta e a formação social do povo inca com o imaginário e o simbólico do homem andino, nos remete ao mito de origem desse povo em suas várias maneiras de ser apresentado. Com o processo colonizador implantado pelos espanhóis, acontece a construção de Lima, que passa a ser a capital do Peru. Para os descendentes do incanato essa mudança é aceita como uma divisão: Cuzco continuou a ser considerada a capital do império para eles. O presente artigo pretende apresentar a maneira pessoal de José María Arguedas olhar para a cidade sagrada dos incas em seus textos, sendo que, nesse artigo, a abordagem será feita a partir do romance Los ríos profundos, apenas.
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