Os jardins de Glaziou para a Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro / RJ

  • Jeanne Trindade Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e professora da Universidade Estácio de Sá.
Palavras-chave: Jardins Imperiais, Dom Pedro II, Século XIX, Romantismo.

Resumo

O projeto dos jardins da Quinta da Boa Vista foi apresentado ao Imperador D. Pedro II por Auguste François-Marie Glaziou em 1868 e as obras, efetivamente, iniciadas em 1872. Construídos para o deleite não só da família imperial, seus convidados e das pessoas que moravam no interior da propriedade, o acesso era aberto à população em geral aos domingos, talvez, numa tentativa de acalmar os ânimos revolucionários do povo, tal qual acontecera na Inglaterra nos séculos anteriores. Inspirado nos jardins paisagísticos franceses, aliado aos conhecimentos das matas nacionais, o projeto executado por Glaziou para a Quinta da Boa Vista produz grande impacto nos frequentadores devido aos contrastes proporcionados. A utilização maciça de vegetação arbórea — principalmente em suas extremidades — produz um distanciamento visual da cidade que pode promover uma evasão tanto da situação geográfica como de seus problemas, gerando uma sensação de conforto e bem-estar, característica de vários parques da época. 

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Biografia do Autor

Jeanne Trindade, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e professora da Universidade Estácio de Sá.

Arquiteta-urbanista, especialista em Planejamento Ambiental e Paisagístico, mestre em Arquitetura, doutora em Urbanismo. Arquiteta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e professora da Universidade Estácio de Sá. Atua na área de paisagismo, urbanismo e preservação de bens culturais.

Publicado
2014-05-04
Como Citar
Trindade, J. (2014). Os jardins de Glaziou para a Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro / RJ. Revista Espaço Acadêmico, 13(156), 60-73. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/23782
Seção
DOSSIÊ - JARDINS HISTÓRICOS (Orgs.: Joelmir Marques Silva, Aline de Figueirôa Silva e Ana Rita Sá Carneiro)