O “engavetamento” de modelos de ensino superior dentro da universidade pública

  • Silvia Beatriz Adoue Escola Nacional Florestan Fernandes e Unesp-Araraquara
Palavras-chave: educação superior, universidade integrada, universidade-empresa

Resumo

Este artigo trata das contradições entre modelos de educação superior que se sucedem no Brasil e que convivem de maneira conflitante hoje na universidade brasileira. O conglomerado de instituições isoladas, a universidade integrada e multifuncional e a universidade-empresa, prestadora de serviços. Esse último modelo tenta integrar as instituições de ensino superior às cadeias produtivas dominadas pelo grande capital. As universidades públicas estariam destinadas a prestar serviços de inovação e formar os quadros pesquisadores para tal atividade. A formação de força de trabalho especializada seria tarefa fundamentalmente das universidades privadas. Mas, em todo caso, o ônus dessa formação recairia sobre os estudantes. Esse modelo vem sendo impulsionado a partir dos anos de 1990, com os “manuais de instruções” do Banco Mundial, e nos anos 2000, com as recomendações do FMI e, no caso das universidades ibero-americanas, pela Fundação Universia, patrocinada pelo Banco Santander. A questão que permanece é se a universidade conseguirá organizar as forças produtivas das quais dispõe em torno de objetivos de pesquisa e formação de quadros para um desenvolvimento independente. 

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Biografia do Autor

Silvia Beatriz Adoue, Escola Nacional Florestan Fernandes e Unesp-Araraquara
Mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (2001) e Doutora em Letras pela FFLCH-USP
Publicado
2014-11-03
Como Citar
Adoue, S. B. (2014). O “engavetamento” de modelos de ensino superior dentro da universidade pública. Revista Espaço Acadêmico, 14(162), 120-127. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/24496