A biografia como problema sociológico: reflexões sobre condições, continuidades e eventos críticos na trajetória de sujeitos vítimas de violência
Resumo
O artigo aborda as possibilidades de uso das biografias para análise sociológica, explorando como as trajetórias de vida de pessoas assassinadas passaram a compor suas histórias. Nesta perspectiva, observa-se como, ao falar da morte de pessoas, a imprensa brasileira utilizou as biografias para descrever, justificar e atuar politicamente na preservação moral das vítimas. São analisadas situações referentes às mortes de Daniela Perez e Tim Lopes, demonstrando como as vítimas protagonizaram lutas políticas em torno de como se deve morrer e viver em sociedade. Evidencia-se como a biografia pode ser utilizada na notícia como artefato político e pedagógico, sendo a vida do morto retratada como portadora daquilo que deve ser preservado para se manter, em linhas gerais, determinados princípios pertinentes a uma comunidade moral. Neste percurso, são feitas considerações teórico-metodológicas sobre as possibilidades de análise sociológica dos usos feitos pelos cientistas e pelos outros das trajetórias de vida.
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