Tripé da economia e políticas sociais, na conjuntura das “jornadas de junho” (2013-2014)
Resumo
Mecanismo de propulsão do crescimento, o tripé ortodoxo, constituído por austeridade fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação, não prioriza as necessidades dos trabalhadores. Ao contrário, prega o corte de gastos públicos, inclusive, os sociais. A aceleração do crescimento e a expansão das políticas sociais, no período de 2003-2010, sofrem rupturas, cedendo à desaceleração do crescimento e colocando em risco as políticas sociais. Entre análises e avaliações controvertidas, destaca-se a concepção de que o governo tenha cedido ao capital rentista e, assim, caído em uma armadilha, uma “camisa de 11 varas”. A taxa básica de juros (Selic) inicia um percurso de altas sucessivas, momento em que as vozes das ruas, igualmente, iniciam um movimento inusitado. Como uma sanguessuga, o capital rentista usurpa enorme parcela da riqueza que, de outra forma, seria canalizada para duplicar os recursos federais para saúde e educação reivindicados pelas “jornadas de junho” de 2013. Seja no ciclo de prosperidade, seja na desaceleração e recessão, os trabalhadores reivindicam a priorização das políticas sociais e distribuição da renda, a contragosto, especialmente, do capital e das classes médias que não necessitam dos programas sociais. A otimização das políticas sociais encerra outra contradição: quanto mais as promessas de felicidade são concretizadas, maior é a força da integração apaziguadora das sociedades avançadas que liberam o corpo e atacam o espírito.
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