Cultura cabocla: o messianismo como elemento da cultura popular e erudita na Guerra do Contestado

  • Rui Bragado Sousa Uem: Universidade Estadual e Maringá
Palavras-chave: Guerra do Contestado, Messianismo, Circularidade cultural.

Resumo

Há uma estreita relação entre os movimentos de resistência e cultura popular com o messianismo. Este artigo examina essa aproximação a partir do conceito dialético benjaminiano de “origem” (ursprung). A “origem” é um protofenômeno no sentido teológico, quer seja ele o Paraíso ou o comunismo primitivo, uma idade edênica e igualitária na Terra. Literalmente são “saltos” para fora da continuidade histórica linear que rompem com o desenvolvimento meramente evolucionista da História. A quebra da continuidade histórica não volta-se exclusivamente ao passado idealizado, mas também para o futuro, à utopia, ao millenium. Entre a experiência no passado e a expectativa no porvir há o que pode ser denominado de “tempo messiânico”. No contexto da História Cultural, pode-se dizer que o messianismo está inserido tanto na cultura erudita (nas filosofias de Walter Benjamin e Ernst Bloch), como na cultura popular (entre os caboclos do Contestado, no folclore). Estes elementos constituem uma hipótese de circularidade cultural.

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Biografia do Autor

Rui Bragado Sousa, Uem: Universidade Estadual e Maringá
Graduado em História pela Universidade Estadual de Maringá, Mestre em História pela mesma instituição.
Publicado
2016-02-18
Como Citar
Sousa, R. B. (2016). Cultura cabocla: o messianismo como elemento da cultura popular e erudita na Guerra do Contestado. Revista Espaço Acadêmico, 15(178), 100-114. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/28888