Cultura e capital social: entre a explicação e a legitimação das disparidades espaciais de desenvolvimento
Resumo
Segundo a tese defendida pelo cientista político norte-americano Robert Putnam, e amplamente propagada pelo Banco Mundial nas últimas décadas, diferentes culturas regionais geram diferentes formas e quantidades de capital social. Daí resultam padrões e trajetórias de desenvolvimento regional distintos. O presente artigo defende a necessária relativização deste suposto papel do capital social e, consequentemente, das culturas regionais enquanto fatores capazes de explicar desigualdades espaciais de desenvolvimento. Isto porque através de tal abordagem culturalista podem surgir justificativas e não explicações para tais disparidades. O artigo destaca alguns exemplos de exageros presentes nas obras de Putnam, resume os principais pontos falhos de sua tese e aponta a recorrente superestimação da capacidade explicativa do capital social em parte da literatura recente. Por fim é apresentado um modelo empírico capaz de evidenciar, e com isso evitar, tal superestimação.Downloads

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