Na fronteira de ocupação agrícola no norte do Tocantins. Olhares a partir de Carmorlândia – Tocantins
Resumo
O Norte Goiano no início das décadas de 1960 teve um encontro de duas frentes de migrações. A nordestina sem capital para investimento, tornou-se mão de obra. A do Centro-Sul capitalizada adquiriu as terras ou arrendavam para plantação. Neste encontro o conflito se estabeleceu. A grilagem de terras também foram marcas deste encontro que envolve os que já estavam na terra e migrantes. A construção da Belém-Brasília propiciou o direcionamento destes migrantes. Esta rodovia foi a primeira via de ligação entre a Amazônia e o Centro-Sul do País, impulsionando, assim, a transformação territorial na Região do Bico do Papagaio, no norte do Tocantins, nas décadas de 1950/60. Possibilitou, também, que a apropriação do território por migrantes nordestinos e sulistas se intensificassem com as políticas de incentivos fiscais oferecidas pelo Governo Federal pós anos de 1970. No bojo desse processo, a antiga região de ocupação pioneira foi transformada em uma região de fronteira agrícola, principalmente pelo uso da terra no vale do Rio Lontra para criação do gado bovino. A fronteira agrícola foi analisada por meio de um estudo sobre os planos nacionais de desenvolvimento e seu impacto direto na ocupação das terras na Amazônia Legal. Como delimitação da escala geográfica da pesquisa, o estudo foi direcionado a partir de uma análise qualificada do município de Carmolândia, localizado no norte do Estado do Tocantins, como lócus para discutir o processo em tela. Este município teve sua origem nos anos de 1960/70, relacionada com a abertura da rodovia Belém-Brasília, o que possibilitou uma colonização dirigida para o município de fazendeiros, entendida como a formação da Fronteira Agrícola de Ocupação no sudeste da Amazônia Oriental.
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