Na fronteira de ocupação agrícola no norte do Tocantins. Olhares a partir de Carmorlândia – Tocantins

  • Thayssllorranny Batista Reinaldo Universidade Federal do Tocantins - Membro de Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e do Tocantins (GEGATO). Professora do Curso de Geografia da UFT http://orcid.org/0000-0001-5235-4626
  • Eliseu Pereira de Brito Universidade Federal do Tocantins -Membro de Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e do Tocantins (GEGATO) http://orcid.org/0000-0002-2788-6636
Palavras-chave: Fronteira, Território, Migração, Norte do Tocantins.

Resumo

O Norte Goiano no início das décadas de 1960 teve um encontro de duas frentes de migrações. A nordestina sem capital para investimento, tornou-se mão de obra. A do Centro-Sul capitalizada adquiriu as terras ou arrendavam para plantação. Neste encontro o conflito se estabeleceu. A grilagem de terras também foram marcas deste encontro que envolve os que já estavam na terra e migrantes. A construção da Belém-Brasília propiciou o direcionamento destes migrantes. Esta rodovia foi a primeira via de ligação entre a Amazônia e o Centro-Sul do País, impulsionando, assim, a transformação territorial na Região do Bico do Papagaio, no norte do Tocantins, nas décadas de 1950/60. Possibilitou, também, que a apropriação do território por migrantes nordestinos e sulistas se intensificassem com as políticas de incentivos fiscais oferecidas pelo Governo Federal pós anos de 1970. No bojo desse processo, a antiga região de ocupação pioneira foi transformada em uma região de fronteira agrícola, principalmente pelo uso da terra no vale do Rio Lontra para criação do gado bovino. A fronteira agrícola foi analisada por meio de um estudo sobre os planos nacionais de desenvolvimento e seu impacto direto na ocupação das terras na Amazônia Legal. Como delimitação da escala geográfica da pesquisa, o estudo foi direcionado a partir de uma análise qualificada do município de Carmolândia, localizado no norte do Estado do Tocantins, como lócus para discutir o processo em tela. Este município teve sua origem nos anos de 1960/70, relacionada com a abertura da rodovia Belém-Brasília, o que possibilitou uma colonização dirigida para o município de fazendeiros, entendida como a formação da Fronteira Agrícola de Ocupação no sudeste da Amazônia Oriental.

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Biografia do Autor

Thayssllorranny Batista Reinaldo, Universidade Federal do Tocantins - Membro de Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e do Tocantins (GEGATO). Professora do Curso de Geografia da UFT
Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Tocantins, Campus de Araguaína-TO. Mestre em Geografia pela UFT. Membro do grupo de pesquisa GEGATO- Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e do Tocantins. Desenvolve Pesquisa sobre, Território, Fronteira, Migração, Modernização agrícola e cooperativismo. Integrante do projeto de extensão: Carmolândia de ontem e de hoje pelos meandros do espaço/tempo. Tem experiência em monitoria em Geografia Econômica Hidrografia e Estágios. Tem especialização em Educação e Gestão Ambiental, pela Faculdade Rio Sono.
Eliseu Pereira de Brito, Universidade Federal do Tocantins -Membro de Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e do Tocantins (GEGATO)

Possuí Bacharelado em Geografia e Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Tocantins. É mestre em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados. Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Líder do Grupo de Pesquisa GEGATO - Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e Tocantins, Pesquisador do Núcleo de Estudos Urbanos, Ágrarios e Regionais - NURBA/UFT. Desenvolve pesquisa sobre a formação territorial do Norte Goiano / Estado do Tocantins. Atualmente é Professor Adjunto do Curso de Geografia da Universidade Federal do Tocantins - Campus de Araguaína.

 
Publicado
2017-01-01
Como Citar
Reinaldo, T. B., & Brito, E. P. de. (2017). Na fronteira de ocupação agrícola no norte do Tocantins. Olhares a partir de Carmorlândia – Tocantins. Revista Espaço Acadêmico, 16(188), 110-119. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/32029