As escolas e o dispositivo de infantilidade

  • Eduardo Alexandre Santos de Oliveira Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Corazza, dispositivo de infantilidade, escola, Foucault

Resumo

Afetada, sobretudo, pelo pensamento foucaultiano, Sandra Mara Corazza, em sua tese intitulada História da infantilidade: a-vida-a-morte e mais-valia de uma infância sem fim, cria o conceito de dispositivo de infantilidade, o qual consiste em estratégia de investimento dos indivíduos por meio de um juízo de infância. Essa ideia edificada, segundo a pesquisadora, considera as crianças como seres fracos, débeis e que, por isso, devem ser corretamente adultizados em três pontos: quanto ao seu desenvolvimento biológico, quanto ao uso de seu sexo e que sejam disciplinados para que se autogovernem: educadas por meio de tal conceito, permite-se com que se empreenda os pequenos enquanto população futura. Sendo que as crianças são educadas, sobretudo, no dispositivo escolar, o presente artigo investiga de que maneira as escolas operam esse dispositivo de infantilidade nas três modalidades mencionadas. Esse problema é verificado com auxílio de trabalhos de Bujes e Gadelha – que também são norteados pelo pensamento foucaultiano –  e, também, são apresentadas algumas considerações acerca de instituições escolares no estado do Paraná.

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Biografia do Autor

Eduardo Alexandre Santos de Oliveira, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Professor de Filosofia lotado no Departamento de História do Campus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO.

Áreas de pesquisa: Ética e Filosofia Política, Filosofia da Educação

Publicado
2017-08-04
Como Citar
Oliveira, E. A. S. de. (2017). As escolas e o dispositivo de infantilidade. Revista Espaço Acadêmico, 17(195), 58-69. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35094