Maio de 68: um lance de utopia

  • Wilson Coêlho Pinto Centro Cultural Sesc Glória
Palavras-chave: Juventude, revolução, romantismo, capitalismo, história.

Resumo

O objetivo do artigo em torno dos “50 anos de Maio de 68” é propiciar uma reflexão sobre o momento político da época, tanto na perspectiva de um movimento supostamente e historicamente revolucionário, quanto do aspecto de um processo catártico que, de certa forma, também em muito contribuiu com a manutenção da hegemonia do sistema capitalista ocidental. Obviamente, esta avaliação não neutraliza e nem diminui as iniciativas de uma juventude que tinha um ideal e perseguia uma utopia, levando em conta a mobilização de muitos grupos sociais contestando o autoritarismo dos governos ditadores, das guerras etc. Assim, “Um lance de utopia” é uma paráfrase ao poema de Mallarmé, “Um lance de dados jamais abolirá o acaso”, considerando “Maio de 68” como uma espécie de jogo em que apesar de ser considerado como um “princípio de incerteza”, também gozava da probabilidade, ou seja, mesmo no não saber qual dos lados do dado cairia, existia a certeza de que seria um dos seis que ele possui. Enfim, “Maio de 68”, pode não ter sido um acidente de percurso e, muito pelo contrário, tudo estava, de alguma forma, previsto e sob controle das classes dominantes.

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Biografia do Autor

Wilson Coêlho Pinto, Centro Cultural Sesc Glória
Poeta, dramaturgo e escritor com 16 livros publicados, é graduado em Filosofia e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Espírito Santo, Doutor pela Universidade Federal Fluminense e Auditor Real do Collége de Pataphysique de Paris.
Publicado
2018-05-16
Como Citar
Pinto, W. C. (2018). Maio de 68: um lance de utopia. Revista Espaço Acadêmico, 18(204), 25-36. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/42663
Seção
ESPECIAL: Maio de 1968 - 50 anos (Org.: Celuy Roberta Hundzinski)