Espirais da linguagem de Exu: por uma filosofia do Òkòtó

Palavras-chave: Filosofia exuriana, Òkòtó, Exu.

Resumo

Posiciono-me no presente texto em relação à ambiguidade e a fluidez dos sentidos e possibilito narrativas divergentes acerca da filosofia da linguagem, acrescentando ao cabedal disponível, uma filosofia exuriana, o mais distante possível da literatura dos colonizadores. Distanciar-se não quer dizer, contudo, apartar-se em definitivo, o que seria de todo improdutivo e utópico, mas promover uma filosofia da encruzilhada, uma encruzilhamento das filosofias, observando atenta e criticamente o que se passa por estes caminhos, considerando aproximações e distanciamentos, mediações discursivas, enquadramentos e posturas. Tratar de uma filosofia exuriana implica marcar no rótulo de maior status do humanismo ocidental, um lugar de poder que reivindica o direito à alteridade e não se interessa pela estrutura ou pela ontologia interpretativa do significado positivo, mas amplia infinitamente o quadro de significações, numa proposta que gira como o Òkòtó, caracol, um dos símbolos de Exu.

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Biografia do Autor

Alexandre de Oliveira Fernandes, Instituto Federal da Bahia - IFBA Universidade Federal do Sul da Bahia

Alexandre de Oliveira Fernandes é Doutor em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade – PPGREC/UESB/Jequié. Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Educação das Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB. Desenvolve e orienta estudos nas áreas de linguística, literatura, leitura e escrita, análise do discurso crítica, currículo e educação, semiótica, pós-estruturalismo, interculturalidade crítica, gênero, linguística queer, discursos que envolvem o culto aos orixás e as religiões de matrizes africanas, mitologia, antropologia das religiões, corpo, performance e formação da subjetividade. Estuda especialmente Michael Foucault e Jacques Derrida, Catherine Walsh e Judith Butler, Clifford Geertz e Homi Bhabha. Em 2017 foi aprovado para pós-doutorado oferecido pelo “Mestrado Profissional em História Profissional da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas” da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB/Caetité, desenvolvendo a pesquisa intitulada: “Axé: filosofia/epistemologia exuriana em textos de Ifá”, sob a supervisão do Professor Doutor Emanoel Luis Roque Soares.

Publicado
2018-08-07
Como Citar
Fernandes, A. de O. (2018). Espirais da linguagem de Exu: por uma filosofia do Òkòtó. Revista Espaço Acadêmico, 18(207), 04-15. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/43160
Seção
DOSSIÊ: EPISTEMOLOGIAS QUEER, FEMINISTAS E DE GÊNERO (Orgs.: Dr. Alexandre Fernandes e Dr. Marcos Lopes de Souza)