O Caso dos Exploradores de Cavernas: uma perspectiva da fisiologia humana em condições extremas
Resumo
O Caso dos Exploradores de Cavernas traz à discussão um caso fictício, imaginado por Lon Fuller em 1949, com o propósito de debater duas posturas filosóficas divergentes a respeito dos princípios de justiça, o direito positivo e o direito natural. O autor apresenta no manuscrito cinco pareceres jurídicos que exploram um fato peculiar a partir de diferentes perspectivas legais. Nele, alguns exploradores ficam presos por 33 dias em uma caverna. Para sobreviverem, sortearam um entre eles para ser morto e praticaram o canibalismo. Após o resgate, os exploradores foram acusados e condenados por homicídio. Os condenados recorreram ao, também fictício, Supremo Tribunal de Newgarth, cujos ministros, ao final do julgamento do recurso, guiados conforme diferentes escolas de pensamento jurídico apresentaram entendimento divergente. Este trabalho pretende apresentar informações sobre algumas reações fisiológicas de adaptação do homem em condições ambientais extremas de sobrevivência que podem influenciar o homem na tomada de decisão. De modo secundário, pretende-se com estas informações ampliar a possibilidade de argumentações críticas de trabalhos acadêmicos sobre as decisões dos ministros que julgaram o recurso do caso proposto por Fuller. É possível especular por um ponto de vista jurídico que a morte do explorador ocorreu em uma condição de estado natural para atender a um estado de necessidade, mas do ponto de vista fisiológico, os fatos relatados revelam que o suposto estado de necessidade não iminente.
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