Subalternidades em negação: interseccionalidades de um bairro operário na cidade do Rio de Janeiro

  • Leila Rodrigues Oliveira de Lima Bizarria Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Programa de Pós-Graduação em Educação
Palavras-chave: Racismo estrutural, Exclusão social, Repressão (psicanálise).

Resumo

Este estudo analisa dinâmicas sociais e psíquicas da repressão de condições de subalternidade observadas em região limítrofe do bairro de Bangu, na cidade do Rio de Janeiro. O fenômeno do racismo estrutural é explorado em relação a outros fatores de exclusão social, concernentes a gênero, habitação, trabalho e domínio do vernáculo, em meio a famílias responsáveis por discentes da Educação Básica. Trata-se, deste modo, de atentar a processos extraescolares que influem negativamente na relação dessas famílias com o aparelho escolar. No caso da luta antirracista, está em jogo a eficácia dos dispositivos normativos conquistados pelas militâncias negras nas últimas décadas. No caso dos outros fatores de exclusão, sua evidência tange as próprias condições de existência do operariado local como classe para si. O trabalho destaca o intenso diálogo entre a literatura antirracista e o conjunto das literaturas marxistas, propondo, paralelamente, um exercício validação de dados autobiográficos e autoetnográficos. Será explorada a hipótese de que a repressão ocorre como processo simultaneamente psíquico e ideológico, dimensões que tendem a reforçar-se mutuamente.

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Biografia do Autor

Leila Rodrigues Oliveira de Lima Bizarria, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Programa de Pós-Graduação em Educação

Lincenciada em Pedagogia pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Especialista em Educação Espacial pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Publicado
2018-12-06
Como Citar
Bizarria, L. R. O. de L. (2018). Subalternidades em negação: interseccionalidades de um bairro operário na cidade do Rio de Janeiro. Revista Espaço Acadêmico, 18(211), 106-117. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/43558