Colômbia: da droga ao petróleo

  • Luiz Alberto Moniz Bandeira UNB, Brasil

Resumo

Embora o comunismo, como ideologia e movimento politicamente organizado, esmaecesse, depois do colapso do Bloco Socialista e da dissolução da URSS em 1991, e Cuba deixasse de sustentar a luta armada, as guerrilhas na Colômbia nunca cessaram. Tornou-se o mais longo conflito armado ocorrido no século XX, pois eclodira no final dos anos 40, como conseqüência da guerra civil entre o Partido Liberal e o Partido Conservador. O assassinato do líder liberal Jorge Eliécer Gaitan pelo cartel de Medelín provocou o Bogotazo, violentos distúrbios que ocorrerem em Bogotá, em 1948, no momento em que a IX Conferência Interamericana lá se reunia para recriar a União Pan-Americana, sob o nome de Organização dos Estados Americanos. As manifestações, com a participação dos trabalhadores e camponeses, espraiaram-se por toda a Colômbia. O presidente Virgílio Barco impôs medidas de emergência e os EUA anunciaram a possibilidade de deslocar tropas para ajudar a Colômbia a combater o tráfico de drogas. Mas, arrefecidas as manifestações, o setor mais radicalizado do Partido Liberal deflagrou a luta de guerrilhas, que posteriormente passou a passou a receber respaldo da URSS, Cuba e China.

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Biografia do Autor

Luiz Alberto Moniz Bandeira, UNB, Brasil
Doutor em Ciência Política, professor titular (aposentado) de História da Política Exterior do Brasil na Universidade de Brasília e autor de várias obras sobre as relações dos EUA com o Brasil e os demais países da América Latina, entre os quais O Governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil - 1961-1964 e De Marti a Fidel: a revolução cubana e a América Latina.
Publicado
2019-01-16
Como Citar
Moniz Bandeira, L. A. (2019). Colômbia: da droga ao petróleo. Revista Espaço Acadêmico, 2(19). Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/46263