A sociedade do desenvolvimento e a crise do sindicalismo contemporâneo
Resumo
O presente estudo aborda a crise do sindicalismo contemporâneo, no contexto da sociedade do desenvolvimento e de acumulação flexível. Tem como objetivo demonstrar a necessidade dos trabalhadores em reconstruir o movimento sindical tal qual havia em sua origem, como um movimento revolucionário, emancipatório e contra hegemônico, posto o agir coletivo ter se tornado apenas reivindicativo, notadamente a partir do surgimento do estado do bem estar social. A luta de classes baseada no tradicional sindicalismo de caráter reformista e reivindicatório, ligada ao trabalho subordinado, não corresponde mais aos anseios dos trabalhadores da sociedade contemporânea. Com viés acadêmico e fundado na teoria social crítica, o artigo identificou etapas históricas do trabalho humano, para afirmar que as relações de trabalho, baseada na contradição do binômio livre e subordinado, não mais correspondem aos anseios da classe trabalhadora e é responsável pela sua precarização. Busca o artigo analisar o necessário processo de reconfiguração teórico-dogmática do sindicalismo, a partir da pluralização de sua pauta e da articulação como os movimentos sociais de natureza emancipatória desencadeados em todo planeta. Para tanto, elegeu o método hipotético dedutivo e a revisão bibliográfica a partir das obras clássicas até chegar na vertente crítica, com uma abordagem transdisciplinar.
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Referências
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