O espaço do sagrado e a presentificação da morte na obra do escritor moçambicano Mia Couto

  • Altair Sofientini Ciecoski Unemat
Palavras-chave: Moçambique; tradição; antepassados; espíritos

Resumo

Este trabalho tem como objetivo promover um diálogo sobre as tradições ancestrais moçambicanas e o espaço do sagrado, mormente se encontram profundamente delineadas na obra Terra sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto. Na esteira destas discussões, abordaremos as concepções de vida e a presentificação da morte. Um conceito que se apresenta de forma reiterada no romance de Mia Couto é a interferência de espíritos entre os seres vivos, razão pela qual, dialogamos com alguns teóricos sobre essas forças intermediárias entre os homens e o Ser Supremo, e, dos quais, muitas vezes, pela crença, são associados à fecundidade, ao sucesso e à harmonia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Altair Sofientini Ciecoski, Unemat

Possui graduação em Letras pela Universidade Paranaense de Umuarama, especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Mestrado em Letras pelo Programa PPGLetras da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) com linha de pesquisa em Estudos literários. Integrante do grupo de pesquisa ESTUDOS COMPARATIVOS DE LITERATURA: tendências identitárias, diálogos regionais e vias discursivas (GECOLIT). É membro do Conselho Editorial da Revista África e Africanidades. Em termos de atuação profissional é professor efetivo do Estado de Mato Grosso.

 

Referências

BEZERRA, Rosilda Alves. Tradições e culturas (in) distintas: O entrelugar em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto. Odisseia, Rio Grande do Norte, n. 8, p. 38-50, jan./jun. 2012.

CABAÇO, José Luís. Moçambique. Identidade, colonialismo e libertação. São Paulo: Ed. Unesp, 2009.

COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letra, 2015.

CURY, Maria Zilda Ferreira; FONSECA, Maria Nazareth Soares. Mia Couto: Espaços ficcionais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

DAIBERT, Robert. A religião dos Bantos: Novas leituras sobre o Calundu no Brasil colonial. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol. 28, n. 55, p. 7-25, jan./dez. 2015.

ELIADE, Mircea. Imagens e símbolos. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

FERREIRA, Ana Maria Teixeira Soares. Traduzindo mundos: Os mortos na narrativa de Mia Couto, 2007. (Tese). (Doutorado em literatura) – Departamento de línguas e culturas, Universidade de Aveiro, Aveiro, 2007.

LARANJEIRA, Pires. Mia Couto, o escritor improvável. Muitas Vozes, Ponta Grossa, v.1, n.1, p. 57-62, 2012.

NETO, Júlia de Souza. Terra sonâmbula à luz da ancestralidade, Goiânia. 2013. 72f. Dissertação (Mestrado em Letras) Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2013.

NOA, Francisco. Perto do fragmento, a totalidade. São Paulo: Kapulana Editora, 2015.
OLIVEIRA, Maura Eustáquia de. Transgressão: O lugar da literatura de Mia Couto e Luandino Vieira. In: CAVACAS, Fernanda; CHAVES, Rita; MACÊDO, Tania. Mia Couto: um convite à diferença. São Paulo: Humanitas, 2013.

SILVA, Ana Cláudia da. O rio e a casa. Imagens do tempo na ficção de Mia Couto. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
Publicado
2021-01-01
Como Citar
Ciecoski, A. S. (2021). O espaço do sagrado e a presentificação da morte na obra do escritor moçambicano Mia Couto. Revista Espaço Acadêmico, 20(226), 226-234. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/53366