Poética e filosofia da resistência em duas obras de Antônio Wagner Rocha

  • Aurora Cardoso de Quadros Universidade Estadual de Montes Claros
  • Mônica Nogueira Camargo Universidade Estadual de Montes Claros
Palavras-chave: Crepúsculo de arame; Os dias partidos; Estética e Filosofia; Estética e Política.

Resumo

A proposta deste artigo é analisar sentidos e modos nas criações poéticas de Crepúsculo de arame e de Os dias partidos, ambas do poeta e filósofo Wagner Rocha. Os versos associam a poesia à história da repressão política no Brasil. Por meio da leitura e análise, o estudo apresenta questões sociais, estéticas e filosóficas. O eu poético exprime-se como um ser agônico, refletindo em configurações filosóficas a dor da vida diante do totalitarismo político. Quanto ao estilo, percebe-se certo equilíbrio entre o obscurantismo carregado do problema e a palavra que o expressa. Quanto aos sentidos, observa-se a construção de uma poesia de resistência em que se pressentem elos mentais com autores como Heidegger, que, dentre outros estudiosos, serve de apoio para as reflexões apresentadas.

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Biografia do Autor

Aurora Cardoso de Quadros, Universidade Estadual de Montes Claros
Professora do Departamento de Comunicação e Letras - Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada com o tema sobre o jornal comunista O Homem do Povo.
Mônica Nogueira Camargo, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes); e especialista em EAD pela mesma instituição. Atualmente é professora do Curso de Graduação em EAD da Universidade Estadual de Montes Claros, e professora no Curso de Especialização lato sensu em EAD, do Instituto Federal do Norte de Minas.

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Publicado
2020-06-07
Como Citar
de Quadros, A. C., & Camargo, M. N. (2020). Poética e filosofia da resistência em duas obras de Antônio Wagner Rocha. Revista Espaço Acadêmico, 20(222), 13-28. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/53578
Seção
Dossiê: Conexões entre Filosofia e Literaturas: dos antigos à atualidade