O corpo tecnológico na forja de Ògún

  • Luis Thiago Freire Dantas Uerj
Palavras-chave: Filosofia Africana, Formação humana, Ògún, Ciborgue

Resumo

Este artigo problematiza os ideais canônicos de formação humana, com a intenção de repensar o ideal de ser humano e, por efeito, criticar a sua concretude diante da multiplicidade humana. Tal orientação se contrapõe a perspectivas de um humanismo que projeta a humanidade como meio de regulação aos diferentes povos. Com isso, o primeiro momento apresenta a figura do ciborgue como processo especulativo do desejo de construção do pós-humano por meio da junção do humano e da máquina. Em seguida, propor uma educação participativa assentada na divindade iorubana Ògún, patrono da metalurgia e da abertura dos caminhos, sustentando a comunicação do ser humano e dos artefatos técnicos enquanto uma ação da corporeidade no mundo.

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Biografia do Autor

Luis Thiago Freire Dantas, Uerj
Professor Adjunto de Filosofia da Educação no DESF-UERJ. Doutor e mestre em Filosofia pela UFPR. Especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais pelo NEAB-UFPR. Licenciado em Filosofia pela UFS.

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Publicado
2021-03-06
Como Citar
Dantas, L. T. F. (2021). O corpo tecnológico na forja de Ògún. Revista Espaço Acadêmico, 20(227), 41-48. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/53809
Seção
Dossiê - PENSAR NEGRO: Espiritualidade, Políticas e Tecnologias Ancestrais