O corpo tecnológico na forja de Ògún
Resumo
Este artigo problematiza os ideais canônicos de formação humana, com a intenção de repensar o ideal de ser humano e, por efeito, criticar a sua concretude diante da multiplicidade humana. Tal orientação se contrapõe a perspectivas de um humanismo que projeta a humanidade como meio de regulação aos diferentes povos. Com isso, o primeiro momento apresenta a figura do ciborgue como processo especulativo do desejo de construção do pós-humano por meio da junção do humano e da máquina. Em seguida, propor uma educação participativa assentada na divindade iorubana Ògún, patrono da metalurgia e da abertura dos caminhos, sustentando a comunicação do ser humano e dos artefatos técnicos enquanto uma ação da corporeidade no mundo.
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Referências
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