Assa-Peixe e inhame:

a descolonização da medicina e a autonomia do cuidado na pandemia de Covid-19

  • Walla Capelobo UFF
Palavras-chave: Decolonial saberes tradicionais Colonialidade Pandemia Cuidado Cura

Resumo

A colonialidade estruturou o poder e o saber de forma a privilegiar os colonizadores e subalternizar os colonizados. A pandemia covid-19 que estamos submetidas no momento nos evidencia mais uma vez as marcas do colonialismo e suas estruturas necropolíticas. A sobrevivência dos povos pretos está na troca contínua de informações de fugas e na produção de vida. Aqui escrevo um exercício tecido com minhas mais velhas sobre medicina, cuidado e saúde. Defendo no artigo a potência epistêmica ancestral existente nesse diálogo contínuo entre pessoas de cor sobre as sobrevivências do cotidiano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Walla Capelobo, UFF

WALLA CAPELOBO, mata escura e lama fértil. transfeminista e contracolonial, formada em História da Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - 2019, é mestranda pelo Programa de Pós-graduação Estudos Contemporâneos das Artes - PPGCA - Universidade Federal Fluminense (UFF). Integra grupos de pesquisa GeruMaa - Estética Africana e Ameríndia no IFCS-UFRJ e o grupo de estudos anticoloniais independente Cipei - Cidade do México.

Referências

QUIJANO, A. Colonialidade do Poder, eurocentrismo e America Latina. Buenos Aires: CLASCO, 2005. Disponivel em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf Acesso em: 30/05/2020

LANDER, E. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciencias sociais pespectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLASCO, 2005. Disponivel em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf Acesso em: 30/05/2020

MOMBAÇA, J. O mundo é meu trauma. PISAGRAMA, Belo Horizonte, numero 11, pagina 20 - 25, 2017.

PIMENTA, T. Doenças. Dicionário da Escravidão e Liberdade. 1.ed. São Paulo, Companhia das letras, 2018.

SCHWARCZ, L. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.

FANON, F. Os condenados da terra. Juiz de Fora, UFJF, 2006.

MOMBAÇA, J. Rumo a uma redistribuição desobediente do gênero e anticolonial da violência. São Paulo, 2016. Disponivel em: https://issuu.com/amilcarpacker/docs/rumo_a_uma_redistribuic__a__o_da_vi Acesso: 30/05/2020

BISPO, A. Colonização, quilombos: modos e significações. 2ed. Brasilia: AYO, 2019.
Publicado
2021-03-06
Como Citar
Capelobo, W. (2021). Assa-Peixe e inhame:. Revista Espaço Acadêmico, 20(227), 187-195. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/54015