O derradeiro fim de Anastácia?

  • Lívia Maria da Silva Gonçalves UFBA
Palavras-chave: Ancestral Memories; Black Bodies; Escrevivências; Decoloniality.

Resumo

O artigo traz reflexões sobre os passivos contínuos e intermitentes do modelo de colonialidade instaurado num país considerado de economia periférica. Trata-se da perspectiva de uma mulher, negra, mãe, educadora e ativista de uma cidade cujo contingente de negros só é superado pelo continente africano. Conceitos como “sitiologia”, “interseccionalidade”, “memórias afetivas”, “subalternidade”, “ancestralidade”, “corpos negros”, “racismo estrutural”, dentre outros, são vislumbrados sob uma forma lúdica, ensejando uma leitura crítica imbuída da interculturalidade. A auto “escrevivência” aqui apresentada é considerada como uma das peças de um dossiê orgânico individual-coletivo. É um momento de “literacura”, mas espera-se principalmente que corrobore nos processos decoloniais.

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Biografia do Autor

Lívia Maria da Silva Gonçalves, UFBA

Possui graduação em LICENCIATURA EM QUÍMICA APLICADA pela Universidade do Estado da Bahia (1992) e mestrado em Saúde, Ambiente e Trabalho pela Universidade Federal da Bahia (2017). Atualmente é professora do Instituto Federal da Bahia.

Referências

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Publicado
2021-01-01
Como Citar
Gonçalves, L. M. da S. (2021). O derradeiro fim de Anastácia?. Revista Espaço Acadêmico, 20(226), 102-111. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/54146
Seção
DOSSIÊ - PENSAR NEGRO: Poéticas Ancestrais e Estéticas Contracoloniais