Pandemia e guerrilhas estéticas:
(des) educação e processos de subjetivação
Resumo
Neste ensaio, busco refletir sobre o momento atual de pandemia e suas relações com a construção estética da colonialidade do poder, dando enfoque ao estado securitário e a necropolítica. A partir destas análises, proponho possibilidades, a partir da cartomoqueca (um operador que se constuitiu desde a cartografia e a moquecagem), modos de enfrentamento político de guerrilha, por meio de uma (des) educação da estética colonial, incorporando o gaguejo, contágio, poranci, hilo fino e o desmassacre como ingredientes para cozinhar o real presente.
Downloads
Referências
CESARINO; L. Identidade e representação no bolsonarismo: corpo digital do rei, bivalência conservadorismo-neoliberalismo e pessoa fractal. Rev. Antropol., São Paulo, v. 62, n. 3, p. 530-557, 2019.
CORREA, J. C. M. Os sertões: A luta (parte II). Programa de Espetáculo. São Paulo: Teat(r)o Oficina, 2006.
COSTA, E. F. J. Da corrida de tora ao poranci: a permanência histórica dos Tupinambá de Olivença no Sul da Bahia. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Brasília, 2013.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995. v. 1.
DOMINICK, B. A. Veganarquismo: liberação animal e revolução social. 2 ed. Ponta Grossa: Monstro dos Mares, ano.
FORBES, J. D. Colombo e outros canibais. Lisboa: Antígona, 1998.
GALINDO, M. Desobediência, por sua causa vou sobreviver. São Paulo: GLAC edições, jun. 2020. Disponível em: https://www.glacedicoes.com/post/desobediencia-por-tua-causa-vou-sobreviver-maria-galindo. Acesso em: 10 nov 2020.
GUATTARI, F. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.
GUIMARÃES. R. S. Identidade e imaginário no cinema contemporâneo: uma análise dos conflitos político-culturais nos Bálcãs. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara. Programa de Pós Graduação em Sociologia, Araraquara, 2007.
GUIMARÃES, R. S. Itinerário de pesquisa sobre o cinema dos Bálcãs: uma contribuição interdisciplinar. Cad. de Pesq. Interdisc. em Cis. Hums., Florianópolis, v. 11, n. 98, p. 65-88, jan/jun. 2010.
GUIMARÃES, R. S. Esta moqueca (me) descoloniza. In: LESSA, P.; STUBS, R.; BELLINI, M. (Orgs.) Relações interseccionais em rede: feminismos, veganismos, animalismos. Salvador: Devires, 2019, p. 152-164.
GUIMARÃES, R. Moquecar (n)a pandemia. Pandemia Crítica, n-1 edições, n. 11, maio 2020. Disponível em: https://n-1edicoes.org/071. Acesso em 10 nov 2020.
GUIMARÃES, R. S.; BRAGA, C. “Meu twitter, minhas regras”: as pautas de costumes na educação bolsonarista. Revista Eletrônica de Educação, v. 14, 1-20, e4568140, jan./dez. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14244/198271994568. Acesso em 10 nov 2020.
MBEMBE, A. Necropolítica. Revista Arte & Ensaios, n. 32, p. 122-151, dez. 2016.
OLIVEIRA, C. R. B. Fantasmografias: sexílio, arte e ativismos cuirdecoloniais na transfronteira méxicobrasileira. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós Graduação em Cultura e Sociedade, Salvador, 2019.
PAREDES, J. Hilando fino desde el feminismo comunitário. México: El Rebozo, 2013.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 107-130.
ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 2 ed. Porto Alegre: Sulina/ Editora da UFRGS, 1989.
SANTOS, C. J. F. (Casé Angatu Xukuru Tupinambá). Povos originários no enfrentamento da Covid-19 e dos maus governos: mais de 500 anos de resistências ao bio-necropoder. Olivença, 2020. Mimeo.
VALENCIA, S. Capitalismo Gore. Barcelona: Meluzina, 2010.

DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Non-Commercial 4.0 (CC BY-NC 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, exceto os comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.