A semiótica do desejo nos usos de emojis no Grindr

  • João Carvalho de Souza Junior Universidade Federal de Sergipe
Palavras-chave: Grindr, Emojis, Performance online

Resumo

Este artigo é fruto de uma autoetnográfica e versa sobre o uso de emojis na autonomeação de perfis em um aplicativo de encontro gay/bi, o Grindr. Partindo da minha vivência como usuário do aplicativo e me fazendo um pesquisador na área das linguagens, analiso como os emojis são utilizados nas performances online, observando como esse novo uso linguístico é utilizado para substituir enunciados de descrições e/ou de comandos no campo destinado a nomeação do usuário. Notou-se como o desejo sexual/afetivo influencia nas autonomeações dos usuários, que utilizam dos emojis como uma estratégia de chamar atenção de outros usuários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Carvalho de Souza Junior, Universidade Federal de Sergipe

Graduado em Letras-Inglês, na Universidade Federal de Sergipe, e atualmente mestrando em Letras, pelo PPGL, também da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de pesquisa e extensão em letras e linguística, atualmente atuando principalmente nos seguintes temas: performance de gênero, sexualidade, e a influencia do(s) discurso(s) nas performances de sexualidade, com foco na comunidade LGBTQ+. Tendo experiência, também, com tradução de português-inglês/inglês-português e atuação em salas de aula do ensino privado desde 2013.

Referências

ANDERSON, Leon. Analytic Autoathnography. In: Journal of Contemporary Ethnography v. 35, n. 4. 2006 373-395
AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Palavras e ação. Trad. de MARCONDES, D. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990 [1962]
BORBA, Rodrigo. A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais. In: cadernos pagu (43), julho-dezembro de 2014:441-474
BORBA, Rodrigo. LINGUÍSTICA QUEER: UMA PERSPECTIVA PÓS-IDENTITÁRIA PARA OS ESTUDOS DA LINGUAGEM. In: Revista Entrelinhas – Vol. 9, n. 1. 2015: 91-107
BONFANTE, Gleiton Matheus. Erótica dos signos nos aplicativos de pegação: processos multissemióticos em performances íntimo-espetaculares de si. Rio de Janeiro: Multifoco, 2016.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003
ELLIS, C.; BOCHNER, A. P. Autoethnography, personal narrative, reflexivity: research as subject. In.: NORMAN, D.; LINCOLN, Y. Handbook of qualitative research. Thousand Oaks, CA: SAGE, 2000.
FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988..
KRESS, Gunther. Design and transformation: new theories of meaning. In: COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. MULTILITERACIES: Literacy learning and the design of social futures. Routledge, 2005a: 149-158
______, Gunther. Multimodality. In: COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. MULTILITERACIES: Literacy learning and the design of social futures. Routledge, 2005b: 179-200
MISKOLCI, Richard.. 2012. A gramática do armário: notas sobre segredos e mentiras em relações homoeróticas masculinas mediadas digitalmente. XXX International Congress of LASA, San Francisco. LASA 2012 Congress Paper
______. San Francisco e a nova economia do desejo. Lua Nova. São Paulo, n. 91, p. 269-295, Apr. 2014. Disponível em: . Acesso em: 24 jul. 2020.
MOITA LOPES, Luis Paulo. Pesquisa interpretativista em Linguística Aplicada: a linguagem como condição e solução. DELTA 10/2: 329- 338. 1994.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Identidades Fragmentadas: a construção discursiva de raça, gênero e sexualidade em sala de aula. Campinas: Mercado das Letras, 2002.
PAIVA, Vera Lucia Menezes. A LINGUAGEM DOS EMOJIS. In: Trab. Ling. Aplic., Campinas, n(55.2): 379-399, mai./ago. 2016
Publicado
2022-01-01
Como Citar
Souza Junior, J. C. de. (2022). A semiótica do desejo nos usos de emojis no Grindr. Revista Espaço Acadêmico, 21(232), 114-126. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/57501