As novas direitas e o "Escola sem Partido":
a criminalização do professor com os retrocessos no ensino de história
Resumo
Entre 2016 e 2019 vivemos um grande debate sobre as práticas dos professores em sala de aula, o movimento conhecido como Escola Sem Partido (ESP), que propunha acabar com a chamada “doutrinação” das ideias marxistas e esquerdistas nas salas de aula das escolas da educação básica. O presente texto tem como objetivo analisar o projeto Escola sem Partido como uma bandeira defendida pelas novas direitas brasileiras a partir de 2016 no contexto de maior polarização política. Tal polarização foi resultado da campanha eleitoral de 2014 que reelegeu a presidente petista, Dilma Rousseff, resultando, mais adiante, em inúmeros protestos pró-impeachment. Diante disso, essa nova direita brasileira que buscou atualizar suas estratégias de dominação e articulação na sociedade civil, encontrou terreno fértil para disseminar seus projetos conservadores.
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Referências
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