As novas direitas e o "Escola sem Partido":

a criminalização do professor com os retrocessos no ensino de história

Palavras-chave: Escola sem Partido, Ensino de História, Novas Direitas, Política

Resumo

Entre 2016 e 2019 vivemos um grande debate sobre as práticas dos professores em sala de aula, o movimento conhecido como Escola Sem Partido (ESP), que propunha acabar com a chamada “doutrinação” das ideias marxistas e esquerdistas nas salas de aula das escolas da educação básica. O presente texto tem como objetivo analisar o projeto Escola sem Partido como uma bandeira defendida pelas novas direitas brasileiras a partir de 2016 no contexto de maior polarização política. Tal polarização foi resultado da campanha eleitoral de 2014 que reelegeu a presidente petista, Dilma Rousseff, resultando, mais adiante, em inúmeros protestos pró-impeachment. Diante disso, essa nova direita brasileira que buscou atualizar suas estratégias de dominação e articulação na sociedade civil, encontrou terreno fértil para disseminar seus projetos conservadores.

 

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Biografia do Autor

Arnaldo Martin Szlachta Junior, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em História pela Universidade Estadual de Maringá, Docente do curso de Licenciatura em História; Programa Profissional em Ensino de História - ProfHistória; e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. 

José Victor Joly, Universidade Estadual de Londrina

Mestrando em História Social pela Universidade Estadual de Londrina

Referências

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Publicado
2022-01-01
Como Citar
Szlachta Junior, A. M., & Joly, J. V. (2022). As novas direitas e o "Escola sem Partido":. Revista Espaço Acadêmico, 21(232), 127-138. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/57858