A educação para as populações do campo na concepção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Resumo
As transformações no sistema capitalista de produção produziram uma redefinição das relações entre os meios rural (campo) e urbano (cidade), possibilitando às populações que vivem das suas atividades agrícolas, pecuárias, extrativistas, dentre outras, uma colocação na sociedade contemporânea. Em verdade, possibilitou o reconhecimento de sua importância social, política, econômica e cultural. O objetivo do presente trabalho se encontra na necessidade da oferta de uma educação de boa qualidade para estas populações, sob a orientação das discussões empreendidas por inúmeros pesquisadores que se dedicaram ao estudo da temática e, sobretudo, pelos intelectuais orgânicos do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para evidenciar as concepções que expressam os fundamentos da “educação do campo”. Entendemos, que as transformações estabelecidas pelo sistema capitalista suscitaram de forma mais efetiva as discussões sobre as realidades que caracterizam as comunidades do campo, em especial, as suas necessidades escolares como legítimas, contidas nos princípios político-ideológico dos movimentos sociais e absorvidas pelo universo acadêmico como unidade social plenamente inserida na sociedade capitalista em tempos atuais.
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