A cobertura sobre o racismo no site GaúchaZH durante o mês da Consciência Negra

  • Deivison Moacir Cezar de Campos Ulbra
  • Amanda Iegli Tech Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Branquitude; Representação; Linha editorial; Zero Hora

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar as matérias publicadas no site GaúchaZH durante o mês da Consciência Negra. A partir das discussões sobre racismo e branquitude tensionadas pelos movimentos sociais, o trabalho busca entender de que maneira essas discussões aparecem dentro das 15 matérias publicadas. Pensando sobre o silenciamento de debates sobre racismo em um país onde se justifica que "aqui ninguém é branco" (SOVIK, 2009) na hora de se reconhecer a marginalização de povos não-brancos, analisar a maneira como o jornalismo aborda estas questões é fundamental, já que mais do que uma prática individual, o racismo também pode ser entendido como um conjunto de "estruturas de poder" (SCHUCMAN, 2014).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Deivison Moacir Cezar de Campos, Ulbra

Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação e nos cursos de Comunicação da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra/Canoas). Jornalista, Doutor em Ciências da Comunicação (Unisinos) e Doutorando em História (Ufrgs). Coordena o Neabi/Ulbra e a a área acadêmica de Comunicação e Mídia da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). 

Amanda Iegli Tech, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Jornalista. Mestranda no Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGS-UFRGS). Atua no Grupo de Pesquisa Identidades Étnicas e Racismo (UFRGS); Pesquisadora associada no Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI-ULBRA). Estuda relações raciais na mídia e jornalismo, com foco em discursos de branquitude. 

Referências

Alunos que protestam contra racismo na UFSM impedem acesso de servires a reitoria. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Após sofrer ataques racistas em redes sociais, Taís Araújo será ouvida pela Polícia Civil. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Após decisão judicial, estudantes desocupam prédio da reitoria da UFSM. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Ator negro é assaltado e tido como ladrão no centro de São Paulo. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

BARCELLOS, Daisy Macedo de. Família e ascensão social de negros em Porto Alegre. Rio de Janeiro, 1996. Tese de doutorado. Museu Nacional. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996. [BSCSH/UFRGS]

BERGER, C. Campos de confronto: jornalismo e movimentos sociais - as relações entre
o Movimento Sem Terra e a Zero Hora. 1996. Tese (Doutorado) - Escola de Comunicação
da USP, São Paulo, 1996.

BORGES, Juliana. A “síndrome do bom-crioulo”. 2018. Acesso em 16 de fevereiro de 2018. Disponível em: .

DANTAS, Júlia. O privilégio e a cor da pele. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Estudantes e UFSM negociam desocupação do prédio da reitoria após cinco dias de manifestação. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

FELIPPI, Ângela. O processo produtivo do jornal Zero Hora: a estratégia do “localismo”. 2007. Revista FAMECOS, v. 1, n. 34, 2007. Disponível em .

Fotos com famosos e prisão ligada a prostituição: quem é a socialite que chamou a filha de Gagliasso e Gio Ewbank de macaca. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Guia de ética e autorregulamentação jornalística/ Grupo RBS. – Porto Alegre: RBS Publicações, 2011.

HALL, Stuart et al. (1993). A produção social das notícias: o mugging nos media. In: TRAQUINA, Nelson (Org.). Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Lisboa: Vega.


Marieta Severo: "Dói saber que meu neto leva tapa de segurança só por ser negro". 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

MENDONÇA, Tatiana. Kabengele Munanga: “É preciso unir as lutas, sem abrir mão das especificidades”. 2018. Acesso em 10 de setembro de 2018. Disponível em:

Mulher que chamou filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso de macaca admite que fez comentários racistas. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

OLIVEN, Ruben George. A invisibilidade social e simbólica do negro no Rio Grande do Sul. In: LEITE, I. B. (Org.). Negros no Sul do Brasil: invisibilidade e territorialidade. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996. p. 13-32.

Polícia identifica autora de crime racial contra filha de Bruno Gagliasso, diz jornal. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

POTTER, Luciano. Filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso é vítima de ataque racista por socialite. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

PRADELLA, Michele Vaz. Muitas polêmicas, pouca sutileza. 2017. Acesso em 10 de dezembro. Disponível em: .

RAMOS, Alberto. Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editorial Andes Ltda, 1957.

"Racismo é crime e já estamos tomando providências", diz Giovanna Ewbank. 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

REQUIÃO, Flávia. Serjão Loza da tapa de luva em racismo "sou um crioulo de sorte". 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

Socialite ofende de forma racista filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. "Aquela macaca". 2017. Acesso em 10 de dezembro de 2017. Disponível em: .

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o encardido, branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo. - São Paulo: Annablume , 2014.

Sovik, Liv. A Branquitude e o Estudo da Mídia Brasileira: algumas anotações a partir de Guerreiro Ramos. XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Salvador, Bahia, 2002.

SOVIK, L. (2009) Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora.

TÉTU, Jean-Francóis. A informação local: espaço público local e suas mediações. In Porto, Sérgio Dayrell (org.). O jornal – Da forma ao sentido. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2002, p 431-448.
Publicado
2022-04-01
Como Citar
Campos, D. M. C. de, & Tech, A. I. (2022). A cobertura sobre o racismo no site GaúchaZH durante o mês da Consciência Negra. Revista Espaço Acadêmico, 21, 65-81. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/58356