A questão da imagem e da arte na era de sua reprodutibilidade técnica digital hipermidiática
Resumo
O presente artigo problematiza o estado da imagem e da arte na atual era de reprodutibilidade técnica digital hipermidiática. Parte-se dos estudos de Benjamin (2012), cujos insights sobre a reprodutibilidade técnica da arte detectou mudanças significativas na natureza social da arte em função das condições da sua reprodução mecânica a partir da modernidade, sobretudo pela invenção da fotografia, do cinema, da radiodifusão etc. Atualmente, observa-se novas alterações no processo de produção artística que impactam o fluxo de produção da imagem diante da emergência do meio digital e suas possibilidades hipermidiáticas. Infere-se que o meio digital radicalizou amplamente as condições de reprodutibilidade, autonomizando a imagem, dando-lhe vida própria, independente, queimando (DIDI-HUBERMAN, 2018) livremente nas telas dos smartphone, notebook, outdoor digital etc. A pesquisa indica que a conversão da imagem em linguagem binária incinerou a reprodutibilidade clássica dos artefatos visuais e lançou a imagem em um pós vida parasitário e autônomo.
Downloads
Referências
______. Obras Escolhidas I, Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio P. Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012.
______. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Organização: Márcio Seligmann-Silva. Trad. Gabriel V. da Silva. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.
______. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: CAPISTRANO, Tadeu (Org.). Benjamin e a obra de arte: técnica, imagem, percepção. Tradução: Marijane Lisboa e Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012. p. 11-42.
BENJAMIN, W. Estética e sociologia da arte. Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
DEBORD. G. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
DIDI-HUBERMAN, G. A imagem queima. Tradução: Helano Ribeiro. Curitiba: Medusa, 2018.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1999.
RICOEUR, P. O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica. Tradução: Hilton Japiassu. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1978.
SANTELLA, L. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo: Paulus, 2005.
SELIGMANN-SILVA. A “segunda técnica” em Walter Benjamin: o cinema e o novo mito da caverna. In: BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Organização: Márcio Seligmann-Silva. Trad. Gabriel V. da Silva. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.
SCHÖTTKER, D. Comentários sobre Benjamin e a obra de arte. In: CAPISTRANO, Tadeu (Org.). Benjamin e a obra de arte: técnica, imagem, percepção. Tradução: Marijane Lisboa e Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012. p. 43-169.
THIEDEMANN, R. Introdução à edição alemã (1982). In: BENJAMIN, W. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.
VIRÍLIO, Paul. A máquina de visão. Rio de Janeiro: José Olympio Editor, 1988.

DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Non-Commercial 4.0 (CC BY-NC 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, exceto os comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.