(In)justiça de transição:

o mito da democracia racial e a cultura do esquecimento na formação da identidade nacional brasileira

Palavras-chave: branquitude, memória e esquecimento, verdade e justiça, políticas de reparação

Resumo

O presente artigo propõe analisar a existência de uma cultura do esquecimento e o papel do mito da “democracia racial” na formação da identidade nacional brasileira, bem como o pacto narcísico da branquitude que sustenta a incompletude da justiça de transição e ainda obsta a promoção de políticas de memória, verdade, justiça e reparação das violações sistemáticas aos Direitos Humanos ocasionadas pelo Estado brasileiro na transição após os períodos de ruptura institucional entre os séculos XIX e XX.

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Biografia do Autor

Jonata Wiliam Sousa da Silva, Universidade Federal da Bahia

Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Ciências Criminais pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Professor Convidado da Pós-graduação em Ciências Criminais da Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Advogado Criminalista.

Referências

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Publicado
2022-02-01
Como Citar
Silva, J. W. S. da. (2022). (In)justiça de transição:. Revista Espaço Acadêmico, 21, 35-44. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/58744