Agência feminina:

convergências entre Garfinkel e Beauvoir

Palavras-chave: Teoria da Agência; Fenomenologia da Percepção; Questões de Gênero.

Resumo

Construído de forma ensaística, discute as bases de construção do conceito de agência feminina por vias de dois autores: Harold Garfinkel e Simone de Beauvoir. Parte de uma hermenêutica transversal sobre: (1) a análise de Garfinkel feita sobre Agnes, um rapaz que se apresenta como mulher e participa de um estudo com o objetivo de realizar uma cirurgia de mudança de sexo; e (2) a análise da situação e discurso das lésbicas, feita por Beauvoir. Como chave analítica, propõe mediar a análise do entendimento da noção de agência feminina, por vias da noção de corpo e pela interface com a fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty. Propõe uma correlação, enquanto construto analítico, no qual a percepção Identidade-Mente, seria interna e, a percepção Identidade-Papel, externa; enfatizando que, em ambos os casos, há uma situação mediada pela percepção, ora de um “eu”, ora de um “mim”.

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Biografia do Autor

Amaro Xavier Braga Junior, Universidade Federal de Alagoas \ Instituto de Ciências Sociais

É Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais (UFPE), Esp. em História das Artes e das Religiões (UFRPE), Esp. em Artes Visuais (SENAC), Esp. em Gestão de EAD (Esc. Exército/UCB), Mestre e Doutor em Sociologia (UFPE), Mestre em Antropologia Social (UFAL). É professor efetivo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. 

Referências

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Publicado
2022-01-01
Como Citar
Braga Junior, A. X. (2022). Agência feminina: . Revista Espaço Acadêmico, 21(232), 139-152. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/58790